A Ecovia que nos faz sonhar
Já o escrevi neste espaço, e reafirmo, que a devolução do rio às pessoas será o passo mais importante para a sua despoluição. Já estamos muito melhor do que estávamos à uns anos atrás, mas aqui ou ali, ou diretamente no Ave ou em algum dos seus afluentes, persistem alguns pequenos focos de poluição que urge combater.
Mas, pelos tramos de ecovia que já estão circuláveis já podemos começar a sonhar. Na nossa freguesia já está transitável a totalidade das nossas margens desde a Praia Seca até às Levadas. Temos também já um circuito, que tenho feito com bastante frequência, que nos permite percorrer, em alguns locais nas duas margens, as freguesias de Ponte, Barco, Prazins e Santo Estevão de Briteiros.
E quando digo que a ecovia nos faz sonhar digo-o tendo no pensamento vários objetivos (sonhos) que podem ser acelerados com a construção desta infraestrutura:
- O sonho de ver o Rio Ave despoluído;
- O sonho, em parte já concretizado com o Parque de Lazer da Praia Seca, de que as pessoas das Taipas possam usufruir das excelentes condições naturais que o rio lhes proporciona no Verão;
- E por fim, o sonho de que os municípios a montante e a jusante do nosso concelho, e alguns já têm algum trabalho nesta área, possam seguir o exemplo de Guimarães e possamos ter a verdadeira ecovia do Ave desde Vieira do Minho até Vila do Conde.
Sem esta complementaridade entre concelhos o trabalho isolado de cada um deles poderá ser em vão.
Nas Taipas a aposta no rio foi uma aposta ganha o que permite agora uma maior qualidade de vida aos Taipenses e atrai à nossa Vila pessoas que procuram bons momentos de lazer.
[ndr] Texto originalmente publicado na edição de junho do Jornal Reflexo.