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A requalificação do centro cívico

Augusto Mendes
Opinião \ sábado, abril 10, 2021
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Tenho grande confiança no futuro e estou certo que todos vocês reconhecerão, nesta nova fase da vida da Vila, evolução, crescimento e prosperidade que a todos fará brilhar o orgulho de ser Taipense.

Devo confessar que não era este o tema que tinha pensado para o texto mensal que vos escrevo para o Jornal Reflexo, mas os desenvolvimentos da última semana, pela sua importância e complexidade, tornaram impossível que este texto não fosse sobre a renovação do centro cívico da nossa Vila.

Com o avanço da empreitada do centro cívico, dos banhos velhos até ao antigo mercado, o empreiteiro, cumprindo o projeto que desde o inicio o previa, procedeu naquela área ao abate de cerca uma dezena de árvores de grande porte, árvores estas que tanto caracterizam a nossa vila e com as quais muitos Taipenses se identificam. A imagem choca, e choca porque penso que ninguém tinha perfeita noção do que veio a acontecer.

Olhando o futuro, e mesmo com este murro no estômago, acredito, sinceramente, que a renovação do nosso centro era imperiosa, já tardava em acontecer e por isso não podemos agora, mesmo com as pedras que vamos apanhando no caminho, pôr em causa um projeto que, na sua essência, vai melhorar drasticamente a qualidade de vida dos Taipenses.

Não podemos com isto pôr os Taipenses contra esta obra e, mais do que isso, pôr Taipenses contra Taipenses, porque todos gostamos da nossa Vila e todos queremos levá-la para o patamar que merece. Todos, acredito que sem exceção, querem o melhor para a nossa Vila, e o melhor é, acredito, um centro da Vila requalificado, melhorado e capaz de dinamizar a Vila em todas as suas plenitudes. A Vila das Taipas nunca, pelas suas gentes e pela sua força, se deixou ficar, e não é agora que isso vai acontecer.

No futuro, acredito, a Ribeira da Canhota a descoberto, uma das razões apontadas para o abate de algumas árvores, vai trazer benefícios para a própria qualidade da sua água e da sua fauna e flora. Com esta alteração vem a responsabilidade de eliminar, ou reduzir ao máximo, as situações de contaminação das suas águas.

Acredito também que a plantação de outras espécies de árvores, tanto na zona da Ribeira da Canhota, como em toda a obra de requalificação, com espécies mais adaptadas ao meio em que se inserem será, no médio prazo, do agrado de todos, até para fazer frente aos problemas que a condição fitossanitária de algumas árvores da nossa Vila, que estavam identificadas como em mau estado e que tantos problemas nos deram num passado recente. Mas aqui não podem haver dúvidas: mais algumas serão abatidas, para evitar que aconteça o que aconteceu numa das últimas tempestades que passou pela nossa Vila, onde caíram uma série de árvores de grande porte, que só por sorte não provocaram uma tragédia.

Dito isto, caro leitor, quero dizer que tenho grande confiança no futuro e estou certo de que, num futuro próximo, todos vocês reconhecerão nesta nova fase da vida da Vila uma fase de evolução, crescimento e prosperidade que a todos nos fará brilhar o orgulho de ser Taipense, como só nós sabemos e sentimos.