Transportes Públicos
Penso ser por todos reconhecido que o serviço público de transportes melhorou muito desde que a nova concessão à empresa Guimabus, com o complemento da Mobilidade do Ave, entrou em funcionamento. Passamos a ter mais horários, mais rotas e mais opções de locais para onde nos podemos deslocar.
É também do conhecimento de todos que houve no início problemas, e alguns persistem, que foi necessário retificar para que o serviço fosse aperfeiçoado.
Dos problemas identificados os que careciam de resolução mais célere tinham a ver com a opção dos passes das duas empresas concessionárias (uma pelo município e outra pela CIM do Ave) pudessem ser utilizados em simultâneo pelos utentes independentemente do concessionário que circulasse a cada momento. Pelo feedback que vamos tendo no acompanhamento que fazemos da situação este problema está em parte resolvido mas, na minha opinião, só estará totalmente resolvido quando tivermos um passe único que permita utilizar os autocarros de qualquer um dos concessionários. Só assim teremos uma cobertura concelhia plena não penalizando assim as zonas periféricas do concelho e podermos ter assim uma verdadeira coesão do território.
Mas agora com um forte aumento do uso do transporte público no nosso concelho colocam-se outros problemas que antes não eram tão notados (segundo dados da Guimabus comparando o primeiro semestre de 2022 com o primeiro semestre de 2023 houve um aumento de 34% de utilizadores do serviço) e ficam agora mais expostos. Tivemos ainda esta semana o exemplo das condições da central de camionagem que não agradam a todos.
No que diz respeito às Taipas e à sua ligação entre as freguesias vizinhas e a sede do concelho, ficou ainda mais evidente a nossa centralidade o que obriga assim que sejam melhoradas algumas situações que temos identificado. Uma das melhorias já identificada, e proposto à Guimabus, será a criação de um verdadeiro HUB onde todas as carreiras que atravessam na nossa vila pudessem lá ter paragem. Para isso é da máxima importância a construção da paragem central de autocarros.
Outro aspeto que é preocupante, na nossa vila onde não foi tido em conta na requalificação do centro cívico, e também na ligação à cidade, é a inexistência de paragens recuadas onde os autocarros tivessem obrigatoriamente de encostar não perturbando assim os restantes automobilistas. Da forma como hoje funcionam (com o motorista a ser o cobrador) o tempo que por vezes estão parados numa paragem, impedindo a normal circulação automóvel, causam um transtorno que merece uma reflexão e um investimento por parte da autarquia. Tenho para mim que teria um efeito notório na ligação entre a nossa vila e a cidade, e vice-versa, principalmente nas chamadas horas de ponta.
O balanço é muito positivo mas podemos melhorar!