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Ana Menezes
Opinião \ sexta-feira, outubro 10, 2025
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O cancro da mama é a segunda neoplasia com maior incidência a nível mundial, sendo a mais frequente entre as mulheres e é a quarta causa de mortalidade por cancro a nível mundial.

O mês de outubro é o mês de prevenção do cancro da mama.

O rastreio do cancro da mama é realizado me Portugal desde 1990.

O cancro da mama é a segunda neoplasia com maior incidência a nível mundial, sendo a mais frequente entre as mulheres e é a quarta causa de mortalidade por cancro a nível mundial.

Em Portugal, segundo dados de 2021 o cancro é a segunda causa de morte, atrás das doenças do aparelho circulatório.

Em dezembro de 2024 a Direção Geral da Saúde reviu as idades para os rastreios, entre os quais o rastreio do cancro da mama

O rastreio do cancro da mama é feito com mamografia e na nossa zona é um rastreio populacional que abrange as mulheres dos 45 anos até aos 74 anos inclusivé. São excluídas as mulheres que já tiveram cancro da mama, que fizeram mastectomia bilateral prévia ou que tem doenças genéticas ligadas ao cancro da mama. Podem depois haver exclusões temporárias: grávidas, mulheres que estão a amamentar, ou por vontade da mulher.

Para a organização do rastreio há a colaboração das unidades móveis da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), onde são realizadas as mamografias. Os resultados são depois analisados por 2 médicos e o resultado é comunicado à utente e ao médico de família e fica disponível no registo de saúde electrónico e na aplicação SNS24. Para classificar os resultados é utilizada uma escala médica - BI-RADS, que tem 5 patamares.

A orientação posterior das mulheres é feita de acordo com o resultado do exame:

 -  se a mamografia não detetar nenhuma lesão é repetido em 2 anos;

  - se a mamografia detetar lesões muito suspeitas são encaminhadas para o Hospital de referência.

Há casos em que são necessários mais exames para classificar melhor as alterações detetadas. Essas mulheres são chamadas para uma consulta de aferição na LPCC para realização de exames adicionais. Atualmente a câmara de Guimarães oferece o transporte destas utentes até ao Porto.

Segundo a OCDE, em 2023, em Portugal foram convidadas 98% das mulheres elegíveis para participarem no programa de rastreio do cancro da mama e apenas 51% aderiram.

Para além dos rastreios importa atuar e controlar os fatores de risco para cancro. Segundo o relatório da OCDE “Perfil do cancro por pais – Portugal 2025, Portugal tem registado bons resultados no aumento de consumo de fruta e legumes, na vacinação contra o HPV, na poluição atmosférica e na diminuição do consumo diário de tabaco. Se compararmos Portugal com outros países da União Europeia ainda estamos com piores resultados no consumo de álcool, na prevalência do excesso de peso e na atividade física.

Procure informar-se junto da sua equipa de saúde familiar

 

 

Bibliografia:

  • Norma 012/2024. Programa de rastreio de base populacional do Cancro da Mama. Data: 6/12/2024
  • OECD/European Commission (2025), Perfil do cancro por país da UE: Portugal 2025, Perfis do cancro por país da UE, Publicações da OCDE, Paris, https://doi.org/10.1787/ffdcd7a9-pt.