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Ana Menezes
Opinião \ sexta-feira, agosto 18, 2023
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A nossa pele tem mecanismos de proteção quando exposta aos raios UV, o que nos dá o ar bronzeado. A exposição crónica à luxa solar tem efeitos negativos na nossa pele.

Os raios UV são um dos componentes da luz solar e podem ser de 3 tipos (UVA, UVB, UVC). À superfície do planeta Terra chegam os raios UVA e UVB.

Na atmosfera existe uma camada protetora dos raios UV, a camada de ozono. Como esta camada está cada vez mais pequena o seu efeito protetor é menor. A estação do ano, a altitude e a latitude são outros fatores que influenciam a exposição aos raios UV, sendo esta exposição maior no verão, entre as 10 e as 16 horas, a maiores altitudes e em regiões do planeta mais próximas do Equador.

A nossa pele têm mecanismos de proteção quando exposta aos raios UV, o aumento de espessura da camada superior da pele (epiderme) e a produção de melanina, o que nos dá o ar bronzeado. A melanina é uma substancia produzida pela pele, e que absorve os raios UV de forma a que estes não penetrem nas camadas mais profundas da pele, onde podem causar alterações. A produção de melanina não é igual para todos os tipos de pele. A pessoas loiras e ruivas produzem menos melanina, não bronzeiam e queimam-se facilmente. As pessoas com pele castanha escura ou preta bronzeiam mais facilmente e com maior intensidade, embora tenham os mesmos efeitos da exposição a raios UV a longo prazo.

Para evitar as queimaduras solares, devemos evitar a exposição excessiva ao sol e usar protetor solar. As queimaduras solares provocam pele vermelha e dor, podendo causar bolhas, febre ou calafrios.

As nuvens e o nevoeiro assim como o água não são bons filtros dos raios UV. A água e a areia refletem a luz solar, aumentando a exposição da pele aos raios UV.

Os protetores solares químicos tem substâncias que absorvem a radiação UV e os protetores solares minerais ou de barreira contem substâncias que refletem os raios UV. Os protetores são também classificados quanto ao fator de proteção solar (FPS), contra a exposição UVB. Quanto mais alta a classificação FPS, melhor a proteção. Idealmente o protetor solar deve ter uma classificação FPS igual ou superior a 30, deve ser aplicado 30 minutos antes da exposição solar e reposto de 2 em 2 horas ou após contacto com a água ou transpiração mais intensa. Para uma melhor proteção devemos associar o uso de chapéus de abas, óculos de sol e roupa adequada.

A exposição à luz solar artificial (ex: solário) é tão prejudicial como a luz natural do sol, pois os raios UVA usados nestes locais tem efeitos, a longo prazo, semelhantes aos raios UVB.

A exposição crónica ao sol envelhece a pele (rugas, manchas), origina lesões pré-cancerosas (queratose actínica) e cancro da pele (carcinoma basocelular ou espinocelular e melanoma).

Os autobronzeadores não conferem proteção adicional, apenas tingem a pele.

Previna hoje o dia de amanhã.