Novo ano, novos projetos, novas esperanças
A esperança é muita, em muitos sentidos da nossa vida.
Neste ano também se iniciou um novo projeto do serviço público de transporte coletivo de passageiros no concelho de Guimarães.
A esperança neste novo projeto, anunciado com pompa e circunstância, com a promessa que estaríamos mais próximos da cidade, que esta seria uma forma de os cidadãos deixarem de recorrer aos seus veículos particulares para acederem à cidade e até mesmo às vilas mais próximas.
Na zona Norte do concelho (nas freguesias) acresceram alguns horários, muito poucos, aos que já existiam. Nada de excecional, nada que leve o cidadão da freguesia mais rural a deixar de utilizar o seu transporte particular para recorrer ao transporte público. Acrescem as ligações básicas à cidade, as irremediavelmente necessárias por causa dos horários laborais.
Ao fim de semana, altura em que a população faz as suas compras, tem tempo para passear, as ligações diretas (das freguesias a norte do concelho) não existem, e portanto não se pode pedir aos cidadãos que consumam do comércio de Guimarães, quando o Município não proporciona acesso a esse mesmo comércio.
Expectava-se e pretendia-se a resolução de um dos maiores problemas do concelho, o da mobilidade. Que resolvesse o grande transtorno na vida das famílias e das empresas de Guimarães.
Uma alteração na mobilidade que fizesse a diferença, comprovando que o Município quer ser um concelho verde, voltado para o ambiente e sustentabilidade, e que esse sentimento fizesse parte do quotidiano do concelho de Guimarães.
E aqui também existe a esperança de que, como estamos no inicio do ano, seja apenas o inicio deste projeto. Esperança que este evolua no sentido de melhorar a mobilidade, o acesso à cidade e às vilas, que consiga reeducar as pessoas para que possam voltar a usar os transportes públicos para se deslocarem seja em trabalho ou em lazer.
Tem de se fazer este caminho para Guimarães evoluir para um concelho sustentável.
E as freguesias mais rurais precisam desta ligação, precisam de transportes públicos para não se desertificarem, para que as pessoas se desloquem mais à cidade ou às vilas sem ser em transporte próprio.
As freguesias precisam de se sentir mais próximas da cidade, para assim terem acesso a todos os serviços e ao comércio ali existente. E o Município tem de ser a entidade promotora desta ligação.
E, desta forma o Município contribuía para as boas práticas e políticas ambientais, como forma de concretizar uma ação pedagógica pela positiva, atendendo a que os Municípios são os agentes primários da promoção do desenvolvimento sustentável.
Iniciamos, desta forma, um ano na esperança de que tudo mude para melhor, que a vida de cada um de nós prospere em todos os sentidos. Haja esperança.