Postura de trânsito / espaço público
“Estando cada vez mais perto a conclusão das obras de requalificação do centro cívico, é importante que todos nós possamos aferir se estão cumpridos todos os pressupostos assumidos quando se tomaram as decisões de aprovação do projeto. O projeto foi aprovado com um objetivo claro: mais espaço público para as pessoas e menos para os automóveis. Devo assumir, e já o escrevi, que na sua essência concordo com esta opção. Mas devo também dizer que quando esta opção nos foi apresentada tinha acopladas várias medidas de mitigação que não estão concretizadas.”
Ficamos a conhecer na semana passada, através de edital da Câmara Municipal de Guimarães, a nova postura de trânsito no centro da vila. Mais relevante a interdição definitiva do trânsito da Rua de Santo António entre o entroncamento com a Rua Professor Manuel José Pereira e a Avenida da República e a reposição de dois sentidos na Rua Professor Manuel José Pereira entre a Rotunda do Cutileiro e o entroncamento com a Rua da Taipa.
Estas alterações, já previstas na empreitada do centro cívico, estarão agora muito próximas, senão já a versão final, da postura de trânsito final que teremos aquando da conclusão da obra.
Estando cada vez mais perto a conclusão das obras de requalificação do centro cívico, é importante que todos nós possamos aferir se estão cumpridos todos os pressupostos assumidos quando se tomaram as decisões de aprovação do projeto. O projeto foi aprovado com um objetivo claro: mais espaço público para as pessoas e menos para os automóveis. Devo assumir, e já o escrevi, que na sua essência concordo com esta opção. Mas devo também dizer que quando esta opção nos foi apresentada tinha acopladas várias medidas de mitigação que não estão concretizadas.
Dessas medidas de mitigação os exemplos mais flagrantes que podemos dar são a não execução de nenhuma das três bolsas de estacionamento de apoio ao centro que foram prometidas. Sem esse apoio é claro que o estacionamento no centro é insuficiente. Podemos aqui incluir que uma das bolsas de estacionamento serviria também para mitigar os efeitos da redução de estacionamentos aquando da requalificação da Alameda Rosas Guimarães.
Podemos também acrescentar ainda a paragem central de autocarros, que a Câmara Municipal de Guimarães ainda não avançou com o processo, e que com a nova postura de trânsito se torna vital para escoar transportes públicos que se vão acumular na Rua da Taipa e 19 de Junho acrescentado problemas aos que aí já existem.
Por fim, e não menos importante, temos algumas zonas do centro já com a sua requalificação concluída tornando-se claro o desordenamento do espaço. Não é claro para ninguém qual o espaço dos peões e qual o espaço do automóvel. Se, como disse acima, o objetivo seria o de devolver espaço às pessoas, neste momento com o desordenamento existente o automóvel tem saído claramente vencedor. Urge arranjar forma de delimitar o que é espaço dos peões e o que é espaço do automóvel.
