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A culpa é do PS

Natália Fernandes
Opinião \ segunda-feira, março 25, 2024
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Nunca houve Governo com tantas demissões por incompetência, processos judiciais em curso, divergências entre ministros e secretários de estado, demissões impulsivas com indemnizações milionárias.

No passado dia 10 de março, tivemos as Eleições Legislativas, onde a população deslocou-se às urnas para escolher o novo primeiro-ministro português. A votação dos portugueses demonstrou que o povo queria votar e escolher quem vinha substituir o governo de António Costa.

A abstenção diminuiu, e muito bem, o que demonstrou uma vontade inequívoca de mudar o rumo de Portugal. Demonstrou vontade de mudar o rumo, virando totalmente o assento parlamentar à direita, diminuindo os deputados da ala esquerda.

E com esta mudança há esperança de mudança no país, que certamente ocorrerá mesmo com uma maioria sem ser absoluta. E isto aconteceu porque a população sentiu que até aqui apenas existiu desinvestimento na saúde, na educação, na segurança, na justiça, na economia, portanto em todos os setores da vida pública e serviços ao cidadão.

A população assinalou que não queria manter a governação que tivemos nas últimas décadas, para modificar completamente a orientação política portuguesa. Demonstrou, ainda, que está extremamente descontente com as políticas praticadas nas últimas décadas, e mais de um milhão de eleitores optou por votar no partido mais populista - o Chega.

Ora, é difícil perceber porque é que mais de um milhão de eleitores optaram por votar num partido que apresenta algumas ideias que dizem extremistas. Ao Chega, durante esta última legislatura, foi dado o palco de principal opositor ao governo. António Costa escolheu André Ventura como seu principal adversário, dando-lhe maior visibilidade e, consequentemente, foi o maior “ator” junto da comunicação social.

E fê-lo propositadamente. António Costa pretendeu retirar protagonismo ao PSD, não fazendo dele a principal oposição, achando que com isso poderia retirar votos ao PSD. Por outro lado, nunca houve Governo com tantas demissões por incompetência, processos judiciais em curso, divergências entre ministros e secretários de estado, demissões impulsivas com indemnizações milionárias, etc…

Ora o povo português percebeu que o país não podia continuar com este rumo e com este modelo de governantes. E foi ouvindo o Chega que dizia constantemente que o país tem de ter políticas contra a corrupção, apesar de não ter apresentado no seu programa efetivas soluções para resolver este problema.

O Chega teve os holofotes necessários para ser ouvido. Por isso este aumento no número de votos em cerca de 770 mil votos. Portanto, esta governação de António Costa levou ao voto de protesto de muitos portugueses e, com isso, aumentou o número de votantes no Chega, preenchendo o assento Parlamentar na Assembleia da República com os seus 50 deputados.

Mesmo sem maioria parlamentar, acredito que, agora indigitado primeiro-ministro, Luís Montenegro vai cumprir o que prometeu, iniciando um processo de governação para encetar mudanças no sentido de melhorar os serviços públicos e dar uma melhor vida aos portugueses.

E assim chega a Primavera.