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Toponímia IX – Rua Joaquim Ferreira Monteiro

Carlos Marques
Opinião \ sexta-feira, abril 19, 2024
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Venho escrever sobre o farmacêutico-químico formado na Faculdade do Porto em Abril de 1916, filho do fundador da centenária Farmácia Monteiro (1883), trata-se de Joaquim da Silva Ferreira Monteiro.

A propósito do trabalho de investigação a que me propus sobre a toponímia da nossa terra, a de Caldas das Taipas, venho hoje escrever sobre o farmacêutico-químico formado na Faculdade do Porto em Abril de 1916, filho do fundador da centenária Farmácia Monteiro (ano de 1883), trata-se de Joaquim da Silva Ferreira Monteiro que nasceu na freguesia de São Cláudio de Barco no dia 3 de outubro de 1891, foi casado com Emília Antunes Saraiva Monteiro e viria a falecer na freguesia de Caldelas a 22 de outubro de 1942, com apenas 51 anos de idade, tendo deixado muitos filhos com destaque para a vida pública do Jorge que foi em diversos mandatos Presidente da Mesa da Assembleia Geral dos Bombeiros, e para o Fernando, Vereador Municipal e Presidente da Junta de Turismo de Caldas das Taipas durante muitos anos.

Que a Junta de Freguesia do centro da vila de Caldas das Taipas, a de Caldelas em 12 de janeiro do ano de 1954 pretendendo homenagear pessoas pela sua qualidade no trabalho evidenciado e pelo exercício das suas profissões, decide atribuir o topónimo Joaquim Ferreira Monteiro  à Avenida que parte da Estrada Nacional de Braga para Guimarães e em direção à Avenida Salazar, não só por ter sido um dos iniciadores do nosso formoso Parque de Turismo, como ainda pelo zelo e dedicação com que serviu os interesses da vila como vereador das Taipas no Município.

 

Aqui deixo algumas referências do que fui capaz de descobrir acerca dele:

4 de abril de 1920, a mesa eleitoral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Caldas das Taipas por escrutínio secreto elege-o, e assim é investido como 2º Comandante da Associação.

24 de outubro de 1924, já casado e morador na Avenida da República pede licença para colocar na frente do prédio que habita uma lâmpada com os seguintes dizeres: "Farmácia Monteiro – de Joaquim da Silva Ferreira Monteiro".

1 de janeiro de 1928, é eleito e neste mesmo dia toma posse como Tesoureiro da Associação dos Bombeiros.

10 de fevereiro de 1928, é nomeado por publicação no Diário do Governo como membro da Commissão de Iniciativa de Caldas das Taypas, depois Junta de Turismo.

7 de Junho de 1928, na Assembleia de reorganização do Corpo Activo da Associação Humanitária dos Bombeiros, quando então 2º Comandante, é-lhe conferido e interinamente assume as funções de Comandante.

11 de julho de 1928, toma posse da qualidade de Vereador Municipal com o Pelouro de Negócios da povoação de Caldas das Taipas.

16 de dezembro de 1928, é indicado em Assembleia Geral e toma posse a 1 de Janeiro de 1929 do cargo de Tesoureiro da Comissão Provisória da Associação dos Bombeiros.

3 de março de 1929, depois duma Assembleia Geral do Corpo Activo, legalmente convocada é escolhido para 1º Comandante da Associação dos Bombeiros.

Atendendo que o seu Corpo Activo tem de estar na recepção ao Excelentíssimo Presidente da República, disse que as fardas existentes eram impróprias para os bombeiros se apresentarem num acto tão solene, o que só serviria ‘para os ridicularizar’; e mesmo alguns iriam contrariados. Foi resolvido que o 1º Comandante fornecesse, por conta da Associação as fardas necessárias ao piquete, para assim se representar condignamente na indicada recepção, podendo desempenhar cabalmente a missão que lhe foi incumbida.

5 de maio de 1929, por sua proposta foi resolvido, comprar para os Bombeiros mais duas escadas à «crochet» e mandar concluir uma principiada há anos pelo carpinteiro José Custódio de Freitas Júnior.

6 de novembro de 1929, na qualidade de Vereador Municipal fica encarregado e procede imediatamente à exploração de águas para abastecimento da povoação de Caldas das Taias e entende-se com os proprietários dos terrenos na encosta da Rocha, freguesia de São Martinho de Sande, para tal fim.

5 de janeiro de 1930, a Assembleia Geral de sócios dos Bombeiros confere-lhe poderes para com o saldo em caixa, quantia de 2.842$63, e com as primeiras receitas da Associação se comprasse um automóvel, para ser adaptado a «pronto-socorro para realizar a tão desejada compra logo que a ocasião propícia apareça, tal viria a acontecer em 2 de março do mesmo ano através da compra do automóvel marca «Paterson». E, na mesma AG a pedido dele, a Direcção resolveu receber propostas para o feitio e preparos das fardas que não se encontram feitas.

26 de fevereiro de 1930, na qualidade de Vereador manda proceder a arborização da Avenida que se dirige ao Estabelecimento Termal de Caldas das Taipas.