Rua Joaquim Ferreira Monteiro (parte 2)
A propósito do trabalho de investigação a que me propus sobre a toponímia da nossa terra, a de Caldas das Taipas, venho hoje escrever sobre o farmacêutico-químico formado na Faculdade do Porto em Abril de 1916, filho do fundador da centenária Farmácia Monteiro (ano de 1883), trata-se de Joaquim da Silva Ferreira Monteiro que nasceu n freguesia de São Cláudio de Barco no dia 3 de outubro de 1891, foi casado com Emília Antunes Saraiva Monteiro e viria a falecer n freguesia de Caldelas a 22 de outubro de 1942, com apenas 51 anos de idade, tendo deixado muitos filhos com destaque para a vida pública do Jorge que foi em diversos mandatos Presidente da Mesa da Assembleia Geral dos Bombeiros, e para o Fernando, Vereador Municipal e Presidente da Junta de Turismo de Caldas das Taipas durante muitos anos.
Que a Junta de Freguesia do centro da vila de Caldas das Taipas, a de Caldelas em 12 de janeiro do ano de 1954 pretendendo homenagear pessoas pela sua qualidade no trabalho evidenciado e pelo exercício das suas profissões, decide atribuir o topónimo Joaquim Ferreira Monteiro à Avenida que parte da Estrada Nacional de Braga para Guimarães e em direcção à Avenida Salazar, não só por ter sido um dos iniciadores do nosso formoso Parque de Turismo, como ainda pelo zelo e dedicação com que serviu os interesses da vila como Vereador das Taipas no Município.
4 de maio de 1930, na qualidade de Tesoureiro dos Bombeiros disse que a empresa José Crespo, empresário, do Cine-Salão estava na boa disposição de dar uma sessão em dia a designar em benefício da Associação. Foi resolvido aceitar esse oferecimento, ficando a cargo do corpo activo da Associação, cuidar de tudo o que fosse necessário. Em seguida foi aprovado, não se fazer a comemoração do aniversário da fundação da Associação e, realizar em sua substituição, uma festa no dia 29 de Junho – dia do São Pedro.
30 de julho de 1932, toma posse do cargo de Presidente do Conselho Fiscal da recém constituída Cantina Escolar 28 de Maio, que tem a a finalidade de fornecer uma refeição diária aos alunos pobres que frequentam as escolas primárias oficiais da freguesia.
30 de abril de 1933, na qualidade de Comandante faz uma longa exposição sobre a existência e valor do material de incêndios, e propôs a aquisição duma moto-bomba da marca “Metz” à Sociedade de Engenharia Michaelis de Vasconcelos, com sede no Porto.
30 de setembro de 1933, por sua proposta na qualidade de Comandante foi resolvido vender ao Sr. Acácio Paredes Granja a bomba nº 2, pela quantia de 4.000$00, e um rodado por 100$00.
23 de junho de 1935, é eleito para os Corpos Gerentes como 2º Secretário da Direcção dos Bombeiros.
22 de janeiro de 1937, a Direcção da Junta de Turismo da Estância Termal de Caldas das Taipas nomeia-o seu Administrador-Delegado
29 de abril de 1938, a Câmara recebe uma verba específica para o Turismo, das contribuições gerais do Estado e, distribui-a da seguinte forma: Junta de Turismo do Local da Penha: 63%. Junta de Turismo das Taipas: 22%, e Junta de Turismo de Vizela: 15%.
30 de julho de 1938, na qualidade de Administrador-Delegado da Junta de Turismo fica com a direcção das obras, designadamente da criação dos divertimentos do Parque.
30 de novembro de 1938, toma posse da qualidade de Presidente da Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas, para em 26 de junho do ano seguinte assumir a qualidade de Tesoureiro.
27 de abril de 1940, na qualidade de membro da Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas. Participa na reunião extraordinária que resolve pedir ao Excelentíssimo Senhor Ministro do Interior a elevação à categoria de Vila da freguesia de Caldelas.
9 de julho de 1940, é por sua iniciativa na qualidade de Vereador do pelouro de Caldas das Taipas que o deputado da nação, o taipense João Antunes Guimarães é aqui agraciado com o voto de louvor municipal pelo empenho que teve na promoção ao título de Vila da nossa povoação.
30 de novembro de 1941, na Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas, quando da aprovação superior do plano de actividade turística para o ano de 1942, tendo em atenção os encargos provenientes dos seus serviços de informação, das obras do Parque e da propaganda da Estância: Parque do Turismo – As obras efectuadas nos últimos anos valorizaram extraordinariamente as condições apreciadíssimas do Parque, que já possui uma praia fluvial, barcos de recreio no rio Ave, ring de patinagem e vários jogos de diversões, bem como excelentemente iluminada a sua Avenida Principal de acesso à vila. Torna-se para já muito necessário a construção de um balneário para W.C., junto do ring de patinagem, e para que oportunamente esta Junta de Turismo enviará o respectivo projecto e caderno de encargos para aprovação superior. Sede da Junta de Turismo – Destina a quantia de 10.000$00 para a realização de obras, com o fim de possuir um posto de informações condigno. Inclui também 2.000$00, para a aquisição do mobiliário para o mesmo posto. Propaganda – Inclui a verba de 3.000$00 para a propaganda da Estância, destinando a mesma 500$00, para a revista do Secretariado de Propaganda Nacional e 1.000$00 para as festas da vila. Nesta data pede a exoneração do seu cargo de Tesoureira da Junta de Turismo.
22 de outubro de 1942, é içada a meia haste a bandeira na sede da Junta de Turismo, com voto e gesto de profundo pesar pela sua morte em sinal de luto até ao dia do funeral.
28 de março de 1943, na Assembleia Geral Ordinária da Corporação dos Bombeiros, o Dr. José Joaquim Machado Guimarães Júnior, Presidente da Direcção, usando da palavra, disse que tendo falecido o Comandante Joaquim da Silva Ferreira Monteiro, a Associação perdeu um dedicado colaborador de altos e bondosos sentimentos, e um benfeitor e grande amigo. E assim, em nome da Direcção e em nome da Associação, manifestava nesta Assembleia o desgosto por essa perda irreparável, e perfis que ficassem exarados na acta de hoje votos de sentimento e profundo pesar pela morte do velho amigo, membro e colaborador leal da Direcção, e digno Comandante do corpo activo.
Como, 1 de abril de 2024