Orgulhosamente taipenses
Parabéns, Caldas das Taipas. Com gratidão a tantos que foram parte da história, aos que são e aos que serão. É o dia de todos os taipenses - nas suas sensibilidades, opiniões, visões sobre a Vila - porque todos somos Taipas. Ser taipense é um grande orgulho.
Foram estas as palavras que escrevi a propósito das comemorações do 85º aniversário de elevação de Caldas das Taipas à categoria de vila. Todos somos Taipas na história que respeitamos. Todos somos Taipas nos locais que frequentamos. Todos somos Taipas no património que cuidamos. Na cultura que fomentamos. Nas associações que construímos. Nas tradições que perpetuamos. Mas – acima de tudo – todos somos Taipas no amor à comunidade que partilhamos.
Por isso, se por ocasião do 84º aniversário refletia sobre uma comunidade viva em toda a linha (num artigo partilhado nesta coluna de opinião), quis pensar o 19 de junho deste ano e estes dias não do ponto de vista da comunidade isolada, mas de como, a partir dela, se constrói a vila.
O mês de maio terminou com um olhar sobre a cultura local e o património, que não se limitou a valorizar o que já existe (que é, na verdade, uma prática que temos que implementar), mas onde se ousou semear futuro. O Thermos – Encontros Literários das Caldas das Taipas foi uma verdadeira celebração. Com um programa muito bem concebido e altamente diversificado, valorizou-se Ferreira de Castro e Camilo Castelo Branco e o seu olhar sobre as Taipas e criaram-se as condições para a criação de novas obras sobre a nossa vila que serão recordadas no futuro. Refletiu-se sobre como a cultura pode ser fator de desenvolvimento do território e sobre como, a partir de uma sinergia entre as instituições e as associações, se pode afirmar a vila das Taipas como um ecossistema cultural vivo. Nesse sentido, enquanto cidadão, fico muito feliz pela relação estreita entre a Junta de Freguesia, a cooperativa Taipas Turitermas e o Município de Guimarães que proporcionou, com a curadoria de Pompeu Martins (a quem se deve um elogio muito grande), um acontecimento que marcará, não tenho dúvidas, o futuro da nossa terra.
Junho traz-nos ainda mais celebração. São os dias da Vila e da comunidade. O 19 de junho foi a oportunidade de celebrar também a história, relembrando Augusto Dias de Castro, Rosas Guimarães ou Joaquim Mendes; de celebrar os locais que frequentamos, com a inauguração do Parque das Levadas.
As Festas da Vila e de São Pedro são também o momento de valorização do tecido associativo local, das tradições, da cultura local, do espaço público. Efetivamente, nos últimos quatro anos, as Festas cresceram substancialmente, alargando-se desde o recinto da feira à Alameda Rosas Guimarães, passando por toda a centralidade, envolvendo toda a comunidade. E é por isso imperativo agradecer o trabalho de todos. Da Comissão de Festas e da Junta de Freguesia. Das associações da vila, que tanta vida deram ao Polidesportivo, aos comerciantes e pessoas que, anonimamente e na sua generosidade, contribuíram para que a festa pudesse acontecer.
Todos somos Taipas no amor à comunidade que partilhamos. Não só nesta altura festiva ou quando é estratégico que assim seja. Todos somos Taipas porque somos orgulhosamente taipenses. Agora, vamos para a festa!
