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IDLES, The Subways e Zen

Pedro Conde
Opinião \ sexta-feira, setembro 06, 2024
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"Confirmar de uma forma clara que o Rock no Rio Febras já não é aquele tema de polémica. É um Festival de Verão que entrou de uma forma meteórica para o circuito nacional dos Festivais portugueses.

Pois é, meus amigos, este foi sem dúvida um verão recheado de grandes concertos. Dentro daqueles que tive oportunidade de estar presente, vou fazer uma espécie de um top 5 daqueles que mais me marcaram.

Em primeiro lugar (não por ordem de importância, nem cronológica, apenas pela forma que me surgiu na organização das minhas ideias), os Idles, em Paredes de Coura. Efetivamente, era uma banda que já queria ver há muito ao vivo, e não consegui bilhete em Fevereiro deste ano quando estiveram no Porto, e ainda bem que não consegui.

Permitiu-me assim um grande regresso a Paredes de Coura que confesso, já tinha saudades de ver assim. Primeiro, com casa cheia, e depois com um concerto de rock a sério, visceral, com um público a corresponder ao espetáculo, estando em todos os momentos à altura da banda. Os Idles são na minha opinião uma das melhores bandas do mundo ao vivo da atualidade, confirmaram claramente isso em Paredes de Coura. Honestamente, é a maneira que mais gosto de ver aquele que é para mim o melhor recinto para ver concertos em Portugal, e confesso que rock fica a matar ao Festival Paredes de Coura, nota 10/10.

Outro momento enorme deste Verão foram os The Subways no Rock no Rio Febras. Claro que sou suspeito a falar deste episódio, contudo, era uma banda que sempre sonhei ver ao vivo em Portugal, e ter a oportunidade de os ver no meu Festival em Briteiros, Guimarães, teve um sabor ainda mais especial. O que vos posso dizer também meus senhores, estes jovens vintage dos anos 90, não defraudaram em nada as minhas espectativas, bem pelo contrário.

Todo o concerto foi dado com uma mestria e com uma atitude de rockstars de nível internacional, agarraram o público do Febras, desde a primeira música até à tão esperada Rock’n Roll Queen, momento épico da noite, cantada parte em português por um Billy Lunn que saiu rendido ao público português. Por outro lado, foi lindo ver os largos milhares que lotaram o fantástico novo recinto do Febras, e esperaram por este concerto, querendo assim confirmar de uma forma clara que o Rock no Rio Febras já não é mais aquele tema de polémica. Transformou-se assim num Festival de Verão que entrou de uma forma meteórica para o circuito nacional dos Festivais portugueses, e o palco certo para quem gosta de ver rock misturado com uma dose de solidariedade e sentido de missão, nota 10/10.

Outro dos grandes concertos que tive oportunidade de ver este verão foi, mais uma vez, na minha terra, e foram os Zen, nos Banhos Velhos. Outro concerto que foi claramente também especial para mim por diversas razões, mas efetivamente ver aquele recinto que ajudei a criar mais uma vez a abarrotar, com Zen a partir tudo foi algo que me encheu a vista e o coração. Zen sempre foi para mim das melhores bandas ao vivo de sempre a nível nacional, e nos Banhos Velhos provaram isso, quem esteve lá sentiu isso e teve a oportunidade de ver, ouvir e confirmar esse facto. Aliás, foi fantástico ver como, principalmente os mais jovens, que apenas conheciam no máximo um ou dois temas da banda, saltarem do início ao fim do concerto, não conseguindo ficar indiferentes a este comboio de energia sonora que são os Zen, nota 10/10, mais uma temporada de ouro dos Banhos Velhos.

Marquem também na vossa agenda, próximo dia 20 de Setembro, o concerto de encerramento dos Banhos Velhos com Capitão Fausto, que será (se for ao nível de Vilar de Mouros), mais um concerto daqueles que não devem mesmo mesmo perder, fica a dica e é de Borla!

Fica também o meu compromisso de na edição de outubro, neste mesmo espaço, dar o meu testemunho de como vi a edição deste ano de Vilar de Mouros.