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Hotel das Termas

Alfredo Oliveira
Opinião \ quinta-feira, março 03, 2022
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Naturalmente, questiona-se se a Câmara Municipal de Guimarães não deveria ter exercido o direito de preferência.

Um território identifica-se, para além dos aspetos naturais, claramente pela sua população e por tudo o que ela vai concretizando ao longo dos tempos. O que lhe dá identidade são as suas memórias, que muitas vezes se traduzem no seu edificado.

Caldas das Taipas tem a sua identidade marcada pelo rio Ave e pela sua ligação ao termalismo desde tempos remotos.

Se recuarmos um pouco mais de um século, um desses edificados marcantes da vila que perdura é, sem dúvida, o Hotel das Termas, edifício que orgulha os taipenses e que marca um dos períodos de maior fulgor e reconhecimento das nossas termas a nível regional e mesmo nacional.

O Hotel das Termas, tendo sido colocado à venda, só pode ser adquirido por quem quer e basicamente por quem pode. Ninguém se aproximou dos valores iniciais, no caso, no primeiro leilão online, de 3.500.882,25 euros, em resultado da insolvência da Empresa Termal das Taipas S.A.R.L. No dia 11 de fevereiro, agora presencialmente, a Somirav arrebatou esse edifício emblemático por 1,75 milhões de euros, mais 100 mil euros do que o preço base de licitação.

Naturalmente, questiona-se se a Câmara Municipal de Guimarães não deveria ter exercido o direito de preferência. Dizemos Câmara por ser a sócia maioritária da Turitermas, empresa que gere todo o espaço contíguo ao Hotel. Levanta-se esta questão por dois motivos: por ser um edifício identificador deste território e por uma questão de negócio, pois a associação entre termalismo e hotelaria é algo natural.

Nesta edição ficam expressas as posições dos presidentes da Câmara e da Junta de Freguesia.

 

Apresenta-se, ainda, uma grande entrevista com Luís Soares, presidente da Junta de Freguesia, na entrada deste seu segundo mandato.

Os temas abordados vão desde a intervenção em curso no centro da vila até outros que extravasam a sua qualidade de líder da autarquia.

 

Ponto final. A minha geração tem vivido, nas últimas décadas, momentos históricos internacionais que nunca imaginaria que viessem a acontecer.

A 24 de fevereiro aconteceu mais um desses acontecimentos. Apesar de alguns indícios, pensamos que poucos acreditariam que, nos tempos em que vivemos, num espaço marcado por duas guerras mundiais, um país, a Rússia, pudesse invadir o seu país vizinho, a Ucrânia, pelos motivos invocados.