Figuras da AH Bombeiros VC Taipas | 1 - António de Barros
Depois de Francisco Pires da Costa e Silva, dirigente e Comandante dos Bombeiros, seguido do Jornal Reflexo terem escrito livros editados na colectividade, quando da comemoração do 100º e dos 125º aniversário da corporação, divulgando muito da memória colectiva da nossa Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas das Taipas.
Destacarei algumas das suas mais importantes figuras, começando com a pessoa do nosso 1º Presidente da Direcção, daquele que foi também um dos seus fundadores.
António Pedro de Barros de Faria e Castro, nasceu no ano de 1845, tendo falecido em 1898, casado com Maria do Carmo Pereira da Cunha avós de Margarida de Barros Pereira de Carvalho, esposa de José Eduardo Carvalho Crato que também figura na nossa toponímia.
António de Barros assim comumente conhecido, era dono da Casa da Mogada em São Clemente de Sande e da Casa dos Laranjais na cidade de Guimarães, ambas com a sua respectiva torre, por isso abastado proprietário, não tendo outra profissão que não a de gerir o seu imenso património.
Foi Vereador Municipal de Guimarães nos anos de 1883, 1884 e 1885, tendo como presidente da edilidade Dr. António Coelho da Mota Prego.
Fruto das diversas intervenções de interesse local, donde se destaca como principais, “os melhoramentos notáveis das Thermas e povoação de Caldas das Taipas, entre as quais, o abastecimento d'água potável”.
Cinco anos depois da sua morte, a Vereação Municipal de Guimarães em 29 de Julho do ano de 1903 por unanimidade presta-lhe uma homenagem, definindo-o como “benemérito servidor do Município, deliberando dar o nome de Rua António de Barros à então, nova rua em construção, que dirige da estrada real nº 27 à Alameda, na povoação de Caldas das Taipas.”

Retrato de António de Barros da sala principal da Casa da Mogada
Como salvo do lixo e da destruição pequenas coisas da nossa terra, sou guardião dessa antiga placa toponímica em mármore, que recolocarei na mesma ombreira de pedra onde em 1903 fora afixada, dado que sou dono dessa casa comprada à família Barros Saavedra, padrinhos de minha mulher, outrora de rés do chão, onde morou durante muitos anos e até à sua morte, o médico taipense António Vaz Antunes, casa em fase final de remodelação.
Da mesma forma irei oferecer à direcção dos Bombeiros a imagem do retrato, pintura a óleo de António de Barros, para afixação no caixilho que o espera no Salão Nobre, por deferência de 27 do corrente mês, de Luís Rebelo de Carvalho, seu descendente e actual senhor da Mogada.
Deixando assim mais um preito de gratidão aos nossos Bombeiros.
Brevemente destacarei mais 3 presidentes de direcção que possuem caixilho em branco no Salão Nobre, João Ferreira Fernandes de 1924, Custódio Gonçalves da Cunha de 1929 e de José Ribeiro de Castro de 1936/7/8.
PS.: na edição de outubro do jornal Reflexo, onde escrevi “cerca de 300 cartas” queria dizer “cerca de 150 cartas”
ndr: texto publicado originalmente na edição de novembro de 2025 do jornal Reflexo.