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Eleições autárquicas 2021

Alfredo Oliveira
Opinião \ quarta-feira, agosto 04, 2021
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O mais estranho, das declarações de António Magalhães, é ter referido publicamente que o poder deveria assegurar uma carreira alternativa às pessoas que deixam as funções para as quais foram eleitas.

O final do mês de julho ficou marcado pelo conhecimento das listas dos diferentes partidos políticos às eleições autárquicas marcadas para o próximo dia 26 de setembro.

A curiosidade maior estava centrada na possibilidade de Constantino Veiga voltar a apresentar uma candidatura à freguesia de Caldelas e saber a composição da lista a apresentar por Domingos Bragança à Câmara Municipal.

O avançar de Constantino Veiga, apesar de alguns contratempos, não foi uma surpresa. A Coligação Juntos por Guimarães vê no presidente de Junta de Freguesia entre 2005 e 2017 a pessoa indicada para recuperar a liderança de Caldas das Taipas.

Tudo o que rodeou a apresentação da lista liderada por Domingos Bragança não defraudou as expectativas, pensando-se na polémica que rodeou o antes e depois da divulgação dos nomes.

A questão principal estava centrada no nome de Ricardo Costa. Neste último mandato, a relação entre Domingos Bragança e o vereador responsável pelas finanças e desporto ficou marcada por um distanciamento crescente, com os intervenientes a colocarem-se em posições políticas antagónicas.

O poder, neste caso socialista, costuma justificar as nomeações para determinados cargos, “pela confiança política nas pessoas”. Assim, não acreditamos na “surpresa” de algumas personalidades socialistas pelo facto de Domingos Bragança não ter renovado a confiança política em Ricardo Costa. Surpresa seria Domingos Bragança preterir Adelina Paula Pinto em favor de Ricardo Costa (como ainda foi falado em alguns corredores).

Nas reações, as mais surpreendentes declarações públicas vieram de António Magalhães, presidente da Câmara entre 1989 e 2013. Durante os 24 anos em que liderou a Câmara foi tendo uma gestão política interna tipo “eucaliptal” e ninguém se deve ter esquecido dos episódios com os seus vereadores Francisco Teixeira e Júlio Mendes. Agora, para além de outras considerações, avança com a ideia de Domingos Bragança ter adiado a apresentação da lista para assim gerir as expectativas de Ricardo Costa numa eventual inclusão na lista e, desta forma, impedi-lo de apresentar uma lista independente. Naturalmente que a justificação do “isolamento profilático” de Domingos Bragança não foi convincente e haverá algo para clarificar sobre as eventuais mudanças na lista durante essa semana. 

O mais estranho, das declarações de António Magalhães, é ter referido publicamente que o poder deveria assegurar uma carreira alternativa às pessoas que deixam as funções para as quais foram eleitas. Ninguém merece que se diga tal coisa.

Uma última palavra para o ainda vereador Ricardo Costa. Não temos a mínima dúvida que deu o que tinha de melhor no desempenho das suas funções. Nem sempre concordamos com algumas visões que teve para o desenvolvimento deste território, é certo, mas isso não impede o reconhecimento da sua capacidade de trabalho. Ricardo Costa tem uma base de apoio no campo socialista, falta saber como será essa gestão concelhia nos próximos quatro anos ou se a aposta política passa por outros patamares.

 

Sobe

5 candidatos em Caldas das Taipas

A 26 de setembro, o povo é chamado, mais uma vez, a pronunciar-se e escolher quem o vai representar ou governar nos próximos quatro anos.

Termos, na freguesia de Caldelas, cinco candidaturas, entendemos nós que é um sinal de que existe um envolvimento sério das pessoas e uma preocupação pelo futuro da nossa terra.

Esperemos que a população em idade de votar acorra às urnas e exerça o seu direito de escolher quem a irá governar.

 

Desce

Perfis falsos

A apresentação da lista socialista à Câmara Municipal trouxe novamente à ordem da discussão os problemas que as redes sociais podem trazer. Facilmente, alguém cria perfis falsos e começa a “disparar” em todos os sentidos, alimentando “notícias” ou posições falsas que muitos “facebookianos” partilham sem terem qualquer preocupação de averiguar a sua veracidade.

Por outro lado, fica evidenciado que muitas pessoas, nestas eleições, estão muito presas aos interesses pessoais, esquecendo os interesses gerais.