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Editorial #285: Zé Amaro e as eleições para a distrital do PS

Alfredo Oliveira
Opinião \ terça-feira, março 03, 2020
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A eleição para distrital do Partido Socialista tornou-se algo mais do que uma simples eleição partidária, tendo condimentos extraordinários.

Foi uma surpresa a conversa mantida com Zé Amaro. Para além de toda a encenação com a personagem do “cowboy apaixonado” , que o próprio assume de uma forma natural e profissional - as botas, o chapéu e o próprio discurso quando se dirige aos seus fãs - existe um homem real, que assume os seus sonhos e não tem problemas de relatar as dificuldades que foi passando ao longo da sua vida, desde a infância até chegar aos dias de hoje.
Se essas dificuldades na juventude acabaram por lhe dar uma noção de que é preciso esforço e dedicação para se chegar ao sucesso, as mais recentes, com o seu problema de saúde, mostraram-lhe que nada, na vida, pode ser visto como definitivo.
Zé Amaro regressa aos palcos com garra e determinação de recuperar o tempo perdido com a doença, mas consciente de que a vida nem sempre é aquilo que gostaríamos que fosse.

A eleição para distrital do Partido Socialista tornou-se algo mais do que uma simples eleição partidária, tendo condimentos extraordinários.
Temos o grupo socialista das Taipas dividido entre Joaquim Barreto e Ricardo Costa; o líder da concelhia socialista, Luís Soares, a não apoiar o candidato vimaranense;
o vereador Ricardo Costa sem apoio da sua colega da vereação socialista, Sofia Ferreira, e, mais significativo, sem o apoio do líder do executivo, Domingos Bragança.
Por outro lado, Ricardo Costa conseguiu recuperar na sua candidatura algumas personagens socialistas retiradas do mundo político, umas há já muitos anos e outras mais recentemente. Não deixa de ser curioso, por exemplo, ter conseguido juntar António Magalhães e Francisco Teixeira na mesma candidatura, depois do historial político dos dois.
Esta eleição não terminará certamente no dia das eleições para a federação socialista. Ricardo Costa, perdendo, terá condições para manter o seu lugar como vereador? Ricardo Costa, ganhando, não sairá por livre iniciativa da vereação?
Ricardo Costa, perdendo, sairá da cena política vimaranense? Procurará continuar essa intervenção noutras áreas a nível nacional? Entrará na designada “travessia no deserto”?
Ricardo Costa, ganhando, irá cobrar essa vitória junto dos socialistas ligados à concelhia de Guimarães?
Ou tudo assenta e acabou por “não se passar nada”!

↑ SOBE Federação Socialista

O facto de haver dois candidatos à eleição da federação distrital socialista só pode ser visto como algo positivo e, ter Ricardo Costa como candidato, aumenta a importância dessa eleição. Naturalmente que ninguém fica indiferente, pois essa candidatura trouxe ao de cima as clivagens que se vinham fazendo sentir tanto no mundo político socialista nas Taipas, como a nível concelhio.
Certamente que nada ficará como dantes depois de conhecido o vencedor dessas eleições.

↓ DESCE Carnaval nas Taipas

O Carnaval em Caldas das Taipas já tinha alguma dinâmica e começava a fazer parte dos eventos tradicionais na vila.
Por isso, não deixa de ser minimamente estranho o facto de não se realizar o Carnaval na vila de Caldas das Taipas, pelo menos de uma forma oficial.
No caso, mais estranho é que a Câmara Municipal de Guimarães, tal como nos anos anteriores, tenha aprovado para este ano uma verba de mil e quinhentos euros.
Ou seja, há dinheiro, há foliões, só não existe organização para o evento.