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Editorial #282: Gala "A Terra onde a Lua fala"

Alfredo Oliveira
Opinião \ sexta-feira, dezembro 13, 2019
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O jornal fica condicionado pela organização conjunta da gala? Não somos ingénuos nesta questão. Todo o poder, seja político ou económico, gosta de controlar a comunicação social. Essa comunicação social pode deixar-se controlar. Manifestamente, o passado e o presente deixam-nos tranquilos neste ponto.

Para além dos méritos que possa ter tido no que diz respeito à sua organização, será importante refletir sobre alguns aspetos inerentes a esta iniciativa.

Em primeiro lugar, a questão, que o próprio presidente do executivo levantou na sua intervenção, de um jornal estar associado à Junta de Freguesia na concretização do evento.

Como já foi referido no ano de 2018, tanto a Junta de Freguesia como o jornal Reflexo tinham em mente a concretização de algo semelhante. Claramente assumiu-se que essas ideias, ligeiramente diferentes no seu âmbito, se poderiam conciliar e que se poderia estabelecer essa parceria. Desde o início também ficou claro que o júri que seleciona e vota os distinguidos, nas diversas categorias, deveria fazer o seu trabalho de uma forma independente, como aconteceu até ao momento. A única distinção que resulta de uma indicação direta é a que o jornal atribui, no caso deste ano, a Elisabete Matos.

O jornal fica condicionado pela organização conjunta da gala? Não somos ingénuos nesta questão. Todo o poder, seja político ou económico, gosta de controlar a comunicação social. Essa comunicação social pode deixar-se controlar. Manifestamente, o passado e o presente deixam-nos tranquilos neste ponto.

A segunda questão prende-se com a periodicidade deste reconhecimento público a personalidades e/ou entidades que promovam a imagem de Caldas das Taipas. Não reúne consenso, nem na Junta de Freguesia, nem dentro do Reflexo. Deverá ser anual ou bienal? Pessoalmente, entendo que pode ser realizada anualmente durante os próximos anos. Para isso, pode ser melhorada ou reforçada em algumas áreas. A entrada do concurso literário, em parceria com a Escola Secundária, é um exemplo disso mesmo. Mas existem outras distinções que podem ser criadas e dar uma maior coesão à gala, sem se cair na banalização dos distinguidos.

Para já, ficou o desafio de se voltar a realizar em 2020, ano em que Caldas das Taipas completa 80 anos de elevação a vila.

Parabéns a todos os homenageados, que bem o mereceram. Um agradecimento às empresas que apoiaram o evento, sem as quais não seria possível essa concretização. Um reconhecimento a todos os que se envolveram direta e indiretamente na organização. Um obrigado aos apresentadores, Helena Lopes e Paulo Machado. Os momentos musicais de alto nível foram momentos que dignificaram esta segunda gala. Por fim, um reconhecimento aos bombeiros pela disponibilização do espaço.

Feliz Natal e um magnífico 2020!

↑ SOBE Gala “A Terra onde a lua Fala”

Foram 14 os distinguidos na noite de 8 dezembro, durante a realização deste evento que se desenrolou no auditório dos Bombeiros das Caldas das Taipas. Este ano, em parceria com o Projeto “Ao Sabor dos Livros”, da Escola Secundária de Caldas das Taipas, organizamos o 1º Concurso Literário a que foi dado o mesmo nome desta gala. O espaço lotado e premiados que envolvem e representam a comunidade é algo que deixa o sabor do dever cumprido junto da organização.

↓ DESCE Momento político concelhio

Os momentos conturbados que se vivem na política vimaranense, mais concretamente no âmbito do Partido Socialista, marcam este final de ano. Um nome está comum a esses desenvolvimentos, o de Ricardo Costa. Ricardo Costa deixa a Turitermas. Por outro lado, avança para a liderança da distrital do Partido Socialista. Falta saber o que se passará a nível da Câmara Municipal. Naturalmente, é estranho que Ricardo Costa surja nisto tudo de uma forma isolada, sem o respaldo de quem até agora sempre o apoiou.