Editorial #280: Novo ano letivo e o Pe. João Felgueiras
Neste novo ano letivo, naturalmente, o destaque vai para a nova EB 2,3 e para as políticas que a Câmara Municipal de Guimarães está a tentar implementar no terreno.
À conversa com Adelina Pinto, vereadora responsável pela área da educação, verifica-se que apesar dos investimentos realizados nos últimos anos, nem tudo está bem ou, pelo menos não se consegue agradar a toda a comunidade educativa.
O que se passou e passa com a EB 2,3 é um exemplo de alguma contestação, a que Adelina Pinto não foge e responde a todas as questões.
À revelação de que a Associação de Pais da EB 2,3 não fala com a vereadora há meses, segue-se a nota de que estas “não devem ultrapassar as funções que lhes estão consignadas”, considerando “ultrajante levantarem-se essas questões quando se tem a melhor escola do concelho e quando os problemas que existem estão a ser resolvidos”.
Muito possivelmente, estarão em causa duas situações que, por vezes, não são totalmente complementares: o investimento feito numa infraestrutura e a sua funcionalidade.
A nível concelhio e em termos de política educativa nota-se uma maior abertura para a questão da “municipalização” da educação. Em termos de aposta de dinamização da cultura concelhia para as escolas destaca-se o projeto das artes performativas e a colaboração com o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), perspetivando uma nova aposta na área do desporto.
Não é a primeira vez que conversamos com o Pe. João Felgueiras, mas esta foi, sem dúvida, a que mais nos marcou. As suas memórias, com 98 anos de vida, são de alguém que viveu e ainda vive as histórias que marcaram a formação de Timor, desde as ondas de choque provocadas pelo 25 de Abril de 1974 naquele território, as divergências entre os grupos existentes em Timor, a invasão por parte da Indonésia, o referendo de 1999 e a destruição que se lhe seguiu e a independência em 2002.
“Para ser um bom timorense não preciso deixar de ser português”, diz o Pe. João Felgueiras, recordando que o próprio primeiro-ministro de Timor, Mari Alkatiri, lhe chegou a dizer: "Timor, esta terra que é sua". Depois de uma passagem pela terra natal, regressa a Timor aos 98 anos e com quase 50 anos neste país. Considera que ainda pode ser útil e como diz, "Um avô não sai de casa, fica até ao fim".
A conversa, na sua totalidade, será somente publicada na edição de novembro. Esta entrevista também ficou registada em vídeo, que oportunamente será divulgada no nosso site.
↑ SOBE Braga e Vitória juntos
Na sua 19.ª Gala do Desporto, a Universidade do Minho entregou uma distinção especial ao Sporting Clube de Braga e ao Vitória Sport Clube de Guimarães, no passado dia 20 de setembro. Independentemente do clube das nossas preferências, tem sido um erro estratégico enorme os vários agentes desportivos e sociais alimentarem uma rivalidade canalizada para algo efémero. Guimarães e Braga não têm ganho nada estando de costas voltadas, o futebol é um exemplo disso e quem tem ganho são sempre os mesmos três clubes.
Braga é o distrito com mais clubes na primeira divisão (juntamente com o Porto) e isso não se faz sentir.
↓ DESCE Contrato à Vimágua
Pelos deputados da CDU na última assembleia municipal foi divulgado o concurso promovido pela Vimágua para a “Contratação de Serviços para Comunicação Institucional”, no valor de 10.200 euros. Durante anos, essa contratação era por ajuste direto e sempre à mesma empresa. Este ano foi a concurso, mas como afirmou a deputada da CDU, para além do preço, a cláusula de desempate previa que a empresa vencedora fosse aquela que ficasse “mais próxima da sede da Vimágua”. Tivemos conhecimento que já existem empresas de comunicação a pretenderem alugar um espaço na própria sede da Vimágua.