Editorial #272: Casa do Povo de Briteiros
É um nome feliz designar uma associação por “Casa do Povo”. Uma instituição com este nome tem identificado claramente o seu âmbito de atuação. No caso, a “Casa do Povo” de Briteiros está ao serviço da sua população desde 19 de janeiro de 1944, comemorando, desta forma, os seus 75 anos de existência.
Surgiu durante o “Estado Novo” através do Decreto-lei 23051, de 23 de setembro de 1933, que passou a autorizar a criação em todas as freguesias rurais de organismos de cooperação social, com personalidade jurídica, denominados Casas do Povo. Se, nesta fase, o seu âmbito se centrava no apoio ao desenvolvimento económico-social e cultural de uma ou várias freguesias, assegurando a defesa dos interesses dos trabalhadores agrícolas, com o tempo, até porque o Estado foi criando outras formas de apoio social, esvaziou-se esse campo de atuação das Casas do Povo. Mais recentemente, estas instituições foram canalizando as suas ofertas para as áreas culturais e sociais junto dos mais jovens e dos mais idosos, mantendo uma colaboração estreita com o Estado e com as autarquias locais, tendo sempre em vista a resolução de problemas da sua população.
Atualmente, a Casa do Povo de Briteiros é uma instituição de utilidade pública e tem, desde 2004, o estatuto de Instituição Privada de Solidariedade Social (IPSS), pelas valências de índole social que garante à população, como é o caso de uma creche, um ATL, um centro de convívio, um serviço de apoio domiciliário e uma cantina social.
Depois de um período de turbulência, Vasco Marques assume, em 2011, a presidência da Direção da Casa do Povo, estando nesta altura a cumprir o seu terceiro mandato.
O seu grande objetivo é colocar em pleno funcionamento o centro de dia, que deverá estar concluído em 2020 e tem como orçamento um pouco mais de 300 mil euros.
Nesta edição, conheça um pouco mais a história e a realidade desta Casa do Povo de Briteiros, uma das pouco mais de 80 existentes no país, no ativo.