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Editorial #266 - Turismo e cultura em Guimarães

Alfredo Oliveira
Opinião \ sexta-feira, agosto 03, 2018
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Desde a Capital Europeia da Cultura de 2012 que não se nota claramente um “fio condutor” ou algo que mostre “um rumo” às diversas manifestações culturais em Guimarães e essas visitas a museus, monumentos e espaços museológicos.

Se olharmos só para os números, até parece que tudo estará bem em termos de cultura e turismo em Guimarães. Passando ao de leve por alguns sites, podemos ver rapidamente que, por exemplo, o número de visitantes nos museus e monumentos sob alçada da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN) registou, durante o primeiro semestre de 2018, uma subida de 12,2% em relação ao período homólogo anterior, totalizando 622 mil entradas.

O Paço dos Duques de Bragança continua a ser o espaço museológico que mais visitantes atrai, registando, nos primeiros seis meses deste ano, um total de 174.892 entradas (uma subida de 9,3%, em relação ao mesmo período de 2017) e o Castelo de Guimarães continua a liderar a tabela do monumento mais visitado, com um total de 135.310 entradas durante o primeiro semestre de 2018.

No entanto, desde a Capital Europeia da Cultura de 2012 que não se nota claramente um “fio condutor” ou algo que mostre “um rumo” às diversas manifestações culturais em Guimarães e essas visitas a museus, monumentos e espaços museológicos. Antes, tivemos o caminho que nos levou a que a UNESCO classificasse Guimarães como património da Humanidade a 13 de dezembro de 2001.

Esta última decisão da Câmara Municipal de Guimarães de contratar uma empresa para que seja definida uma ideia central e diferenciadora para o turismo de Guimarães, reforçando a presença digital de Guimarães no mundo, sinceramente, não sabemos o que poderá acrescentar em termos de definição de estratégia cultural e turística para Guimarães.

Se se traduzir somente em mais “cliques” para “Guimarães” será mais uma oportunidade desperdiçada. Basta dar o exemplo da própria empresa que quer “colocar Guimarães no mapa” quando refere que Vila Nova de Foz Côa tem o dobro das “procuras” sobre museus que Guimarães, mas essa realidade “virtual” não tem correspondência no mundo real. Basta referir que o Museu de Côa teve 190 mil visitantes, mas nos seus primeiros sete anos de existência.

Uma palavra para os emigrantes. Entramos num período de uma grande presença dos portugueses que estão emigrados principalmente nos países europeus, pelas diversas freguesias envolventes a Caldas das Taipas. Para estes emigrantes, em particular, uma boa estadia e umas boas férias para todos os nossos leitores.