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Editorial #264: Nunca mais os fogos de 2017!

Alfredo Oliveira
Opinião \ quinta-feira, junho 07, 2018
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A Câmara Municipal investiu cerca de 440 mil euros para cumprir os prazos estabelecidos pelo governo central, na limpeza das áreas de intervenção prioritária identificadas no Plano Nacional de Gestão de Combustíveis. Falta ainda determinar até onde foram os privados.

No destaque desta edição, a vereadora do Ambiente e Serviços Urbanos, Sofia Ferreira, faz a radiografia do Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Guimarães.

Afirma que a Câmara Municipal investiu cerca de 440 mil euros para cumprir os prazos estabelecidos pelo governo central, na limpeza das áreas de intervenção prioritária identificadas no Plano Nacional de Gestão de Combustíveis, definidas pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Falta ainda determinar até onde foram os privados na limpeza das suas áreas e avançar nos casos de incumprimento da lei.

A época dos incêndios aproxima-se e ninguém quer ver repetidas as tragédias de 2017. Desde 1 de junho que os meios de combate a incêndios foram reforçados, passando a estar no terreno, em todo o país, 8.187 operacionais, apoiados por 1.879 viaturas e 40 meios aéreos. Também está disponível o novo sistema de alerta por mensagem de telemóvel em caso de emergência e destina-se a informar as populações quando é declarado pela Proteção Civil o nível vermelho.

Rafael Amâncio da Silva, comandante dos Bombeiros Voluntários das Taipas e Bento Marques, comandante dos Bombeiros Voluntários de Guimarães, foram também ouvidos sobre as mudanças operacionais recentemente introduzidas.

Quem visita Liubliana, Capital Verde Europeia em 2016, rapidamente se apercebe que Guimarães ainda tem um longo caminho a percorrer para se tornar numa cidade verde.

Através de uma entrevista, publicada nesta edição, a uma das responsáveis pelo processo de candidatura da capital da Eslovénia, podemos constatar o caminho de sucesso traçado por esta cidade. Existiram três/quatro áreas que marcaram esse trajeto para CVE: a questão dos recursos hídricos; as medidas tomadas relativas ao lixo que o ser humano produz; as intervenções no serviço de transportes públicos e a questão da mobilidade no interior da cidade, são exemplos onde temos um caminho árduo a percorrer.

Nestas quatro áreas, Guimarães tem de tomar medidas mais incisivas e mais viradas para, como se costuma dizer, “o terreno”. Não se pode adiar mais a eliminação de todos os focos poluidores dos nossos recursos hídricos, com destaque para o Ave. Na questão do lixo, a mudança de hábitos será uma luta lenta, mas que tem de ser feita. Nos transportes públicos, o poder municipal tem de cumprir aquilo que prometeu durante a última campanha eleitoral e que tem vindo a reafirmar nas reuniões descentralizadas. Na mobilidade dentro da cidade… será sintomático dizer que, neste momento, com menos alarido, o centro da cidade de Braga tem uma maior área pedonal do que a de Guimarães.