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Editorial 248: O Norte de Guimarães

Alfredo Oliveira
Opinião \ segunda-feira, fevereiro 13, 2017
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Numa altura em que se fala tanto de crise do jornalismo, quisemos reagir. Pretendemos criar condições para mostrar que o jornalismo regional tem a capacidade e a flexibilidade necessária para enfrentar novos desafios, nomeadamente os da transformação digital.

O dia trinta e um de janeiro de 2017 é mais uma das datas que fica para a história do projeto Reflexo. Pouco passava das 20h quando tivemos a primeira reação, por parte de um dos nossos leitores, de que a página do Reflexo Digital tinha mudado. É um site totalmente renovado, desenvolvido com recursos próprios, e que aproveita as novas potencialidades tecnológicas.

Nesta edição de fevereiro, o jornal também apresenta um novo grafismo.

Para se chegar a este ponto, foi desenvolvido um trabalho duro, com muitas horas dedicadas a estas reformulações. Numa altura em que se fala tanto de crise do jornalismo, quisemos reagir. Pretendemos criar condições para mostrar que o jornalismo regional tem a capacidade e a flexibilidade necessária para enfrentar novos desafios, nomeadamente os da transformação digital. Decidimos não abandonar o papel, que ainda é o suporte preferido de muitos leitores e anunciantes.

Para já, alargamos a equipa, não só para melhorar a qualidade com que apresentamos a informação, mas sobretudo para melhorar a qualidade dessa mesma informação. Mas não vamos ficar por aqui. Todo este trabalho será revisto e melhorado continuamente e lançaremos, em breve, o Reflexo noutras plataformas. Porque acreditamos que é possível, mas também porque a democracia precisa de pessoas informadas e os leitores precisam de jornalismo de qualidade, honesto e plural.

Num tempo em que os refugiados voltaram para as primeiras páginas da atualidade, devido às decisões do novo presidente americano Donald Trump, apresentamos, nesta edição, o casal de refugiados sírios vindos de Aleppo, cidade devastada pela guerra na Síria e que o Centro Sócio-Cultural e Desportivo de Sande S. Clemente acolhe desde finais de setembro de 2016. Como refere esse casal, passaram muito rapidamente “do paraíso para o inferno” com o desenrolar dos acontecimentos trágicos naquele país. As vivências experienciadas desde a fuga da Síria, passando pela Turquia e Grécia, até chegar a Portugal são relatadas nesta edição.

Da Grécia temos também a história da primeira mulher, taipense, a comandar uma força da GNR num país estrangeiro. A Capitão Ana Lopes relata a sua experiência no alto mar onde foram resgatadas mais de 600 pessoas durante os três meses em que esteve numa missão da Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira.

Passado quase um ano, Domingos Bragança e a equipa que elaborou o projeto, coordenada pela arquiteta Marta Labastida, voltam ao Centro Pastoral das Taipas para apresentar o trabalho sobre a requalificação do centro de Caldas das Taipas. Temos de recordar que se trata de um trabalho que vem sendo desenvolvido desde julho de 2015. Por isso, e por se tratar de algo que os taipenses muito anseiam, espera-se que seja apresentado um passo decisivo para a revitalização da centralidade da vila. A sessão está marcada para o dia 3 de fevereiro (sexta-feira) pelas 21h.

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Publicado no jornal Reflexo #248, de Fevereiro de 2017