29 março 2024 \ Caldas das Taipas
tempo
18 ºC
pesquisa

Dimensão de Caldas das Taipas XXII: Escolas I

Carlos Marques
Opinião \ quarta-feira, julho 10, 2019
© Direitos reservados
A cerimónia de inauguração devia ter acontecido com um sentido de pertença maior, por isso com os alunos, professores, empregados, pais e amigos da escola a vivenciarem-na quotidianamente.

Quando pela primeira vez vou das Taipas a Guimarães, em Outubro do ano de 1968 pela feliz sorte que obtive de meus pais e dos meus sete irmãos mais velhos, contemplando o primeiro elemento da família a estudar de dia para além da Primária, faço-o para aprender no Ciclo Preparatório de Guimarães, ao tempo no Convento de Santa Clara.Para, depois no ano de 1970, ingressar na Escola Comercial e Industrial de Guimarães, donde saio no ano de 1973 já como técnico, com o Curso Geral de Administração e Comércio.

Neste mesmo ano vou trabalhar como Ajudante de Guarda Livros na fábrica dos meus tios, a HERDMAR. Mais tarde, volto a Guimarães na condição de trabalhador e à noite faço os Estudos Complementares que me guindaram à condição de Técnico de Contas, agora Contabilista Certificado.

Vem isto a propósito de transmitir que, desde os tempos de juventude que sei da identidade própria das Caldas das Taipas, dos taipenses e do que nos distingue doutras terras. Desde muito cedo integro diversos movimentos autónomos, designadamente colectividades da vila e, ainda assim, membro de associações da cidade de Guimarães.

Foi na condição de autarca, que no ano de 1993 na qualidade de Presidente da Comissão de Toponímia, a Junta e a Assembleia de Freguesia dava nome a uma das artérias principais da vila, a Rua 19 de Junho, data que agora como antes sempre se celebrou com enorme dignidade, é o dia de Caldas das Taipas.

Da mesma forma e ainda na mesma condição de autarca, no mesmo ano de 1993, conduzi o processo da aprovação e atribuição do brasão, selo branco e bandeira da vila de Caldas das Taipas, para ser hasteada em todas as cerimónias públicas a ocorrer na vila.

Sobre a nova EB 2,3 de Caldas das Taipas, para cuja construção também contribui, por Requerimento que dirigi nesse mesmo sentido em 28 de setembro de 2005 à Ministra da Educação, com estudo fundamentado através de seis anexos, depois de ter pertencido ao seu Conselho Consultivo durante quatro anos.

A cerimónia de inauguração devia ter acontecido com um sentido de pertença maior, por isso com os alunos, professores, empregados, pais e amigos da escola a vivenciarem-na quotidianamente.

Mas, a ocorrer numa data de Junho, deveria ser no dia da terra, o 19 de Junho, e terem hasteado a bandeira local, que é rectangular e esquartelada de amarelo e verde, com cordões e borlas de ouro e verde, que orgulhosamente tem no seu listel branco a legenda a preto o nosso nome, o de CALDAS DAS TAIPAS, que afinal, é para o que ela serve.

Vou tentar escrever a história das ESCOLAS da vila, não deixando de enfatizar a figura maior do Ciclo, agora EB 2,3 de Caldas das Taipas, que na cerimónia também ficou esquecida, a do seu criador e cuidador, o Professor e Padre Manuel Joaquim de Sousa.

Caldas das Taipas, no dia do nosso patrono, o São Pedro, do ano de 2019.