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Dimensão de Caldas das Taipas XVII: O nosso "Mercado" III

Carlos Marques
Opinião \ sexta-feira, janeiro 11, 2019
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Na informação dos dois meses anteriores, referimos o que em termos da Praça do Mercado se passou no período de 1875 até 1931, vamos agora enumerar mais alguns episódios da década de 30.

Na informação dos dois meses anteriores, referimos o que em termos da Praça do Mercado se passou no período de 1875 até 1931, vamos agora enumerar mais alguns episódios da década de 30 do século passado.

Atente-se ao facto, de que, quem tinha como ainda tem o poder executivo de deliberar sobre a nossa terra, o fazia sempre referindo-a como “povoação de Caldas das Taipas”, dando abrangência às freguesias envolventes. Assim, em:

30-01-1932 – A Câmara compra aos herdeiros de Manuel de Sousa Gonçalves e de sua mulher uma propriedade situada no lugar de Traz do Ferreiro, descrita na respectiva conservatória sob o nº 31137 do Livro B 87, pela quantia de 4.059$00, e destinada ao alargamento do Mercado da povoação de Caldas das Taipas, tendo ficado isenta do pagamento da sisa por despacho do Ministro da Fazenda.

08-09-1932 – A Câmara delibera proceder à reparação da Praça do Mercado na povoação de Caldas das Taipas.

22-06-1933 – Rosa Correia da Costa, da Avenida da República, da povoação de Caldas das Taipas, requer e pede autorização para sublocar até 29 de Setembro, o talho nº 1 da Praça do Mercado da povoação de Caldas das Taipas, de que é arrematante.

26-01-1934 – Custódio Joaquim de Carvalho, casado, da cidade de Guimarães, requer para lhe ser concedido alvará de licença sanitária para o estabelecimento de carnes verdes que pretende abrir na Avenida da República, da povoação de Caldas das Taipas. A Câmara atendendo a que no momento presente, não há nenhum talho vago dentro do Mercado, defere, sob a condição do requerente fechar o seu estabelecimento, transferindo-o para o Mercado logo que haja a primeira vaga.

13-03-1934 - António de Sousa Marques é nomeado Cobrador do Mercado das Taipas.

27-09-1934 – Procede-se à arrematação das barracas da Praça do Mercado de Caldas das Taipas, destinadas à venda de diferentes géneros e artigos, carne de gado bovino, suíno e peixe, sendo aquela por períodos de um mês sucessivos e esta pelo tempo de um ano, com princípio no dia de hoje e fim em 16 de Agosto de 1935.

15-11-1934 - A Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Guimarães delibera para os estebelecimentos de venda ao público, o horário de abertura e encerramento, e aprovo o regulamento do descanso semanal e horário de trabalho, que envia ao Delegado Distrital do Instituto Nacional do Trabalho.

O dia escolhido é o domingo, à excepção dos que por disposição legal, não estejam dispensados do encerramento nesse dia, como é o caso dos talhos.

No que se refere ao horário de abertura e de encerramento semanal, define-o para todo o concelho, mas desde logo exceptua as Taipas e Vizela tal é a sua singularidade, dando-lhes por isso autonomia para o seu uso. Fica assim estabelecido, de Segundas a Sextas-feiras das 6 às 15; aos Sábados das 6 às 19; aos Domingos das 6 às 12 e às Segundas-feiras (dia de Feira) das 6 às 18. Descanso semanal à Terça-feira.

30-12-1934 - A Junta de Freguesia de Caldelas toma uma decisão ousada, não aprova a sobretaxa camarária que esta está a lançar sobre cada quilo de carne, cuja receita reverteria para a construção do Mercado da Cidade. E, referia a propósito da aplicação do não encargo, que faria aumentar o preço da carne.

27-06-1935 – O Presidente da Junta de Freguesia de Caldelas, pede à Câmara para mandar colocar portas gradeadas e revestidas de rede nos açougues do Mercado da nossa povoação, instalados em barracas camarárias. A Câmara autoriza a construção de 3 portas até a importância de 300$00 cada uma.

04-07-1935 - João Mota Ribeiro é nomeado fiscal da Feira e Mercado.