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A falta de estacionamento e a Requalificação do Centro Cívico das Taipas

Carlos Marques
Opinião \ sábado, outubro 10, 2020
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Não fazer o estacionamento subterrâneo é desconhecer a realidade da dimensão de Caldas das Taipas, e não é a criação de sentidos únicos, que será suficiente para amenizar a falta de estacionamento.

Nas cartas que consignei ao Presidente da Câmara Municipal de Guimarães em 2 de Fevereiro de 2017 e 17 de Setembro de 2019, demonstrei-lhe a enorme preocupação que os residentes e visitantes de Caldas das Taipas sofrem pela falta de estacionamento público.

Propus a construção dum Parque de Estacionamento Subterrâneo no centro da vila, cuja falta se fará sentir e gravemente, agora que se irão reduzir os poucos espaços por ora livres, quando da implantação do tão contestado na forma do projecto de Requalificação do Centro da Vila.

Não fazer o estacionamento subterrâneo é desconhecer a realidade da dimensão de Caldas das Taipas, e não é a criação de sentidos únicos, que servindo melhor a fluidez do grande trânsito que o centro da vila sofre, que será suficiente para amenizar a enorme falta de estacionamento que carecemos.

Fiz a defesa desta necessidade nos precisos termos que aqui transcrevo:

Parque de estacionamento

A povoação de Caldas das Taipas, ao perder o parque de estacionamento da Avenida da República, ficando apenas com o parque do Largo Conde Agrolongo (20 viaturas) e do parque da Rua da Boucinha (44 viaturas), ao perder os lugares de estacionamento da Rua de Santo António, da Praça Dr. João Antunes Guimarães e da Avenida da República. A localidade já de há muitos anos carece de mais parques e sítios para estacionamento de viaturas, já no Anteplano de 1985 há esta referência, grassam os estacionamentos em cima dos passeios, das passadeiras quando dela têm de estar a mis de 5 metros, e não é por falta de urbanidade dos condutores, é pela inexistência de lugares para os carros, agora verão a sua situação ainda mais prejudicada, pelo que, obviamente se impõe a construção dum parque de estacionamento subterrâneo, mandando-o fazer.

Como é do conhecimento da Câmara o Aparcamento Colectivo na cave da Área Comercial de 84 lojas, arquitectado para 71 lugares e se julgava público, de há muito que não o é, e, pior do que isso, encontra-se fechado e apenas lá caberiam 28 carros, pois não apresenta as condições necessárias para incorporar estacionamento de acesso público, o que foi revelado pelo Ofício nº 3529/19/DGU de 13/03/2019. Pressupondo por isso que os lojistas bem como os seus visitantes tenham de colocar os respectivos carros fora daquele aparcamento que entendiam seu.

  1. O edifício do Prédio Passerelle, que possui além das 84 lojas também 60 habitações e 60 garagens, encontram-se todas desocupadas, derivado pelas deficiências condições de acessibilidade e de habitabilidade.
  2. Os prédios junto ao edifício do Centro Comercial Passerelle, lado nascente, onde, nas suas caves existem garagens, encontram-se da mesma forma desocupadas pelas mesmas razões, isto na Avenida dos Bombeiros Voluntários onde existem 146 apartamentos e 130 lojas conforme documento anexo que em 24/09/2018 entreguei em sede de audiência ao Snr. Presidente da Junta de Freguesia de Caldelas.
  3. Ou seja, numa só artéria da vila, a Avenida dos Bombeiros Voluntários, o estacionamento à superfície em frente aos prédios e acrescido do parque de estacionamento da Rua da Boucinha, não chega sequer para os seus residentes e lojistas, quanto mais para os seus visitantes.
  4. Da mesma forma existem outros prédios na vila, designadamente na Rua Professor Manuel José Pereira, no Largo da Botica e na Rua da Taipa, com aparcamentos e garagens absolutamente desocupadas, de há muito sem licença de ocupação para tal fim por problemas de vária ordem, designadamente de infiltrações, onerando por isso o estacionamento de superfície destes 2 arruamentos.
  5. No edifício da Lameira, todo o quarteirão da Rua da Charneca, Rua Drº Alfredo Fernandes, Rua Professor Ilídio Lopes de Matos e Rua da Lameira, as garagens que servem os residentes encontram-se inabitáveis conforme Processo Administrativo a correr nos serviços municipais.
  6. Assim, os residentes destes arruamentos a terem de deixar os seus carros nos estacionamentos de rua.
  7. O parque de estacionamento sito na frente do prédio do edifício da Lameira, agora que o estabelecimento termal passou a ter mais valências, designadamente SPA e Clínica encontra-se sempre lotado.

Ora, não é certamente nenhuma novidade que à vila aflui quotidianamente gente das suas 17 freguesias envolventes, certificadas no estudo do Plano Geral de Urbanização das Taipas de 1985, além dos visitantes, fornecedores, prestadores e clientes do seu comércio, serviços, indústria, turismo e agricultura já este PGU referia, e passo a citar “do interesse em reforçar o aglomerado, como centro de prestação de serviços dimensionados e justificados para e pelo quantitativo de população instalada em toda a unidade territorial”.