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Caldas das Taipas: A (des)propósito XXXIV - Junta de Turismo das Taipas

Carlos Marques
Opinião \ quarta-feira, julho 29, 2020
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Apraz-me voltar ao tema da inactiva Junta de Turismo das Taipas, para demonstrar que a mesma tinha receitas próprias e cobradas por si.

Apraz-me voltar ao tema da inactiva Junta de Turismo das Taipas, antes Junta de Turismo da Estância Termal e Comissão de Iniciativa da Estância Termal para demonstrar que a mesma tinha receitas próprias e cobradas por si, que lhe permitia antes mesmo da construçao dos ringues, campos de ténis, piscinas, bares, parques, infantis e de campismo de que foi pioneira a nível nacional, donde passou a colher também rendimentos da exploração deste negócio de cariz lúdico-turístico.

A Junta de Turismo deitava mão da Taxas/Imposto de Turismo, que se relacionava directamente com a Administração Fiscal, designadamente quando tinha dúvidas relativamente à liquidação ou isenção da Taxa/ Imposto, que criava as tabelas de incidência, consequente matéria colectável, que o fiscalizava, que colhia o dinheiro das colectas de cada proprietário de hotéis, pensões e das casas hóspedes, e, depois a distribuía.

Que era fruto do tributo que lhe cabia, que fez o vultuoso investimento que hoje está à vista, desde a compra de todos os terrenos, que os urbanizou, construiu as avenidas, os parques de lazer e seus acessos, as pontes, os ringues, os campos de ténis, as piscinas com sala de espectáculos e bares, o parque de campismo, a praia fluvial, o cais de barcos e sua navegabilidade, e promovia diversos festejos para a animação dos locais e para captação turística, suportava o Turismo Hóquei Clube, que tamanhas alegrias deu aos taipenses. Além de apoiar e distribuir dinheiro a todos quantos se lhe acorriam, como cantinas para pobres e escolares, casas do povo, grupos musicais, folclore, jovens informais, associações desportivas, culturais e recreativas, columbófilos, tiro, concursos de vária natureza, corredores de bicicletas, motorizadas, carros de perícia e até de ralis, e tantas, tantas outras iniciativas.

Oportuno, e fácil é, pois a administração fiscal elabora a cobrança dos seus impostos pela nomenclatura de freguesia, saber quanto até esta data e desde 1986, quando da integração da Taxa/Imposto de Turismo no IVA Turístico inerente à Participação Municipal de 7,5% em IVA, foi distribuído ao território então administrado pela Junta de Turismo das Taipas. Como da mesma forma, desde 1989 da componente que lhe é repartida da afectação dos 5% de IRS, e da incidência dos 19,5% de conjugação de IRC+IRS+IVA, além da componente do IMI+IMT+ISV+IS, aqui é que deve residir o interesse dos políticos candidatos e eleitos., que publicamente, e bem, ousaram servir o futuro da nossa localidade, já que dele deriva todo o poder instalado, ficando aqui o desafio e o convite à participação no Debate a realizar em Novembro/Dezembro deste ano pela Comissão Organizadora do 80º aniversário de Elevação de Caldas das Taipas à categoria de Vila.

Além de documentação específica que possuo e regista o indicado nos 1ºs §´s, tenho muitas histórias para contar do que aprendi das muitas conversas que mantive com muitos, e com o Snr. Rosas Guimarães, designadamente da incumbência que me foi distribuída, para o convencer à sua presença no acto de descerramento do pedestal com a sua imagem no topo da Alameda com o seu nome, a sua simplicidade e nobreza de carácter não o permitiu, no dia 19 de Junho de 1990 quando integrei a Comissão Executiva do Cinquentenário.

E do que me disse diversas vezes e mais demoradamente o Dr. Fernando Monteiro nas visitas que fiz à sua farmácia de Guimarães a convencê-lo, e, foi difícil, para a aceitação no ano de 2014 da atribuição da Medalha de Honra da Freguesia, tinha essa responsabilidade por ter sido minha a sugestão da proposta pela Junta de Freguesia de então.

Caldas das Taipas, no dia de São Pedro do ano de 2020