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As obras no centro e na envolvente

Alfredo Oliveira
Opinião \ terça-feira, outubro 04, 2022
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Terá e trará a requalificação consequências positivas para o desenvolvimento da vila? Esta é a questão de futuro.

As obras no centro da vila de Caldas das Taipas voltam ao destaque de mais uma edição do Reflexo. Infelizmente, será de acrescentar.

Passados dois anos, quando deveríamos estar a inaugurar a intervenção, sabe-se que a conclusão aponta para outubro de 2023.

Várias contingências aconteceram e existirão circunstâncias que poderão explicar a derrapagem. Infelizmente, voltamos a escrever, obras públicas, na maioria dos casos, são notícia quando cumprem os prazos e cumprem também o orçamento. Falta saber se nesta obra, para além da derrapagem temporal, não teremos também um aumento dos custos.

Se, em tempos, os Banhos Novos e o parque de lazer e a sua envolvente marcaram o nosso território, esta intervenção no centro cívico equipara-se, em termos de importância socioeconómica, a esses dois momentos da história da nossa vila. Trata-se da obra mais relevante em muitas gerações e que marcará o futuro da vila, como marcaram as outras obras referenciadas. 

Qualquer mudança causa incertezas e esta, no centro da vila, será um exemplo máximo. Terá e trará a requalificação consequências positivas para o desenvolvimento da vila? Esta é a questão de futuro.

No entanto, neste momento, o fundamental para os comerciantes da zona intervencionada é o presente. Dois anos passados e mais um pela frente levam ao desespero de quem tem as portas abertas e vê entrar mais pó do que clientes nos seus estabelecimentos.

Aqui, a Câmara terá de implementar um plano de apoio a quem tem os seus negócios afetados pelas obras.

 

A atual situação faz esquecer outras intervenções urbanísticas que estão a acontecer pela vila. Estão a aparecer alguns prédios, em determinadas zonas privilegiadas e estratégicas, que também vão marcar a nossa vila. Algumas são já visíveis e outras estão a crescer em altura. A Câmara não pode querer pôr o centro “num brinquinho” e depois fechar os olhos ao que se passa à volta desse centro.