As obras no centro e na envolvente
As obras no centro da vila de Caldas das Taipas voltam ao destaque de mais uma edição do Reflexo. Infelizmente, será de acrescentar.
Passados dois anos, quando deveríamos estar a inaugurar a intervenção, sabe-se que a conclusão aponta para outubro de 2023.
Várias contingências aconteceram e existirão circunstâncias que poderão explicar a derrapagem. Infelizmente, voltamos a escrever, obras públicas, na maioria dos casos, são notícia quando cumprem os prazos e cumprem também o orçamento. Falta saber se nesta obra, para além da derrapagem temporal, não teremos também um aumento dos custos.
Se, em tempos, os Banhos Novos e o parque de lazer e a sua envolvente marcaram o nosso território, esta intervenção no centro cívico equipara-se, em termos de importância socioeconómica, a esses dois momentos da história da nossa vila. Trata-se da obra mais relevante em muitas gerações e que marcará o futuro da vila, como marcaram as outras obras referenciadas.
Qualquer mudança causa incertezas e esta, no centro da vila, será um exemplo máximo. Terá e trará a requalificação consequências positivas para o desenvolvimento da vila? Esta é a questão de futuro.
No entanto, neste momento, o fundamental para os comerciantes da zona intervencionada é o presente. Dois anos passados e mais um pela frente levam ao desespero de quem tem as portas abertas e vê entrar mais pó do que clientes nos seus estabelecimentos.
Aqui, a Câmara terá de implementar um plano de apoio a quem tem os seus negócios afetados pelas obras.
A atual situação faz esquecer outras intervenções urbanísticas que estão a acontecer pela vila. Estão a aparecer alguns prédios, em determinadas zonas privilegiadas e estratégicas, que também vão marcar a nossa vila. Algumas são já visíveis e outras estão a crescer em altura. A Câmara não pode querer pôr o centro “num brinquinho” e depois fechar os olhos ao que se passa à volta desse centro.