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Alimentação mais sustentável

Vera Rosas Guimarães
Opinião \ quinta-feira, fevereiro 10, 2022
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O consumidor deve exigir mais qualidade nos produtos em benefício da sua saúde e das suas famílias, preocupando-se com o impacto social e ambiental dos hábitos de consumo e preferindo comprar local.

Tendo em consideração as orientações mundiais, nacionais e regionais que estabelecem os objetivos para a sustentabilidade ambiental, a vila de Caldas das Taipas está a dar passos firmes na prossecução do desenvolvimento sustentável e mudança de paradigma. Com os investimentos já realizados na freguesia, como a ampliação das zonas de lazer, como é o caso do Parque de Lazer da Praia Seca, a construção de mais zonas desportivas, o trilho ecológico pedestre e ciclável ao longo do rio Ave, a despoluição do Rio Ave e suas margens e a criação da horta comunitária, temos de começar a fomentar e consciencializar a população para uma alimentação mais saudável.

É urgente promover e sensibilizar junto da população o consumo alimentar mais saudável e consciente, uma vez que os sistemas alimentares atuais são caracterizados por uma superprodução de alimentos processados, excesso de químicos e baixo teor de nutrientes. Estes aspetos geram elevados custos de saúde, ambientais e contribuem para o desperdício alimentar.

É essencial procurar alimentos nutritivos, saudáveis, livres de toxinas e químicos para que o corpo não se sature ao longo do tempo, originando inflamação e consequentemente uma doença. E quando podemos ter esses alimentos perto de nós e na sua época, com melhor qualidade e sabor, é em pleno.

Promover junto da população um consumo de produtos biológicos, livres de toxinas, e acima de tudo, nacionais, valorizando a qualidade daquilo que é nosso, deve ser prioridade. A relação de proximidade e confiança entre o produtor e o consumidor quebra algumas cadeias de distribuição, contraria os grandes monopólios instalados e garante um equilíbrio na sustentabilidade ambiental. É importante incutir responsabilidade ao consumidor; isto é, o consumidor deve exigir mais qualidade nos produtos em benefício da sua saúde e das suas famílias, preocupando-se com o impacto social e ambiental dos hábitos de consumo e preferindo comprar local. O consumidor final deve ter uma participação justa e consciente na escolha dos alimentos a consumir. 

Recentemente, abriu na nossa vila uma mercearia biológica a granel, que tem por base a desidratação. Este método permite obter alimentos biológicos de qualidade, da época e privilegiando os agricultores locais, dando confiança, credibilidade e uma relação próxima entre produtor e consumidor. Além de oferecer produtos biológicos, presta serviços como workshops, consultoria na área da alimentação biológica, saudável e sustentável e proporciona um serviço único e pioneiro na desidratação dos alimentos, ao possibilitar o aluguer de equipamentos de desidratação às pessoas com produções familiares que pretendem conservar, através da desidratação, o seu excedente.

Com pequenos gestos podemos dar origem a grandes mudanças e criar uma atitude mais consciente de hábitos de consumo mais sustentáveis, podendo realmente contribuir para a mudança que o nosso planeta Terra tanto necessita.