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A saga do Clube Caçadores das Taipas

Carlos Marques
Opinião \ terça-feira, dezembro 17, 2024
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Devemos manter o Estádio do Montinho, que ficará com mais espaços, para os jogos da nossa equipa sénior, passando todos os demais escalões para o novo Parque Desportivo a construir o quanto antes.

Quando da fundação do Clube de Caçadores das Taipas em 23 de Novembro de 1923 havia apenas 3 clubes de futebol do Minho, e, um deles era o nosso CCT.

Possuíamos como os demais clubes apenas a equipa Sénior durante muitos anos, e, na década de 60 tínhamos já o escalão de Reservas e já um grupo de Principiantes, que deu lugar à formação de Juniores.

A partir da década de 70 com a democratização e massificação desportiva paulatinamente passamos a competir com equipas dos escalões jovens, para na actualidade termos todos os escalões desde Petizes até Veteranos no género Masculino, porque possui também e em competição uma equipa Feminina.

Além do escalão Sénior e de Veteranos, só na componente Formativa temos 12 equipas a treinar e jogar em permanência.

A conjugação de treinos e jogos de 300 atletas não é obviamente compatível com apenas 2 campos de jogos, sem parque de estacionamento e com pouca e fraca luz, que é o que possuímos.

Todos os finais de dia e início de noite é uma azáfama no nosso Estádio, com fraquíssimas instalações, onde chove nas bancadas e nas instalações sociais, sede e balneários, e, disto foi testemunha a Câmara Municipal de Guimarães no dia 23/11/2022, quando do acto inaugural das comemorações do nosso centenário, a quem logo ali pedimos para obras 500 mil Euros, de que não se recebeu um cêntimo.

Só um grande amor à camisola e ao clube faz com que os atletas continuem a trabalhar no estado em que se encontram as nossas instalações desportivas, que vai ao arrepio do mais elementar que temos a preservar, o estado da nossa saúde, quando se respira humidade em tudo que é edificado.

Obviamente que já há muitos anos precisamos dum novo Parque Desportivo, e, não é por falta de pedidos a quem tem a função de planear, coordenar e disponibilizar aos cidadãos essa condição de dignidade, ao Governo e a quem este delega, à Câmara Municipal, o Estado, entidade a quem diariamente pagamos os nossos impostos e contribuições.

Pedimos e indicamos à Câmara, a quem pedimos que comprassem para nos disponibilizarem um novo local para a instalações do nosso novo Complexo Desportivo, isto no ano de 1991, vai por isso, há 33 anos atrás, era presidente da direcção João Baptista Ribeiro.

De então para cá diversas direcções equacionaram esta mesma solução ao que sempre a Câmara Municipal fez ouvidos moucos.

Agora, no dia do 101º aniversário, a 23 de Novembro de 2024, ao menos a título discursivo a Junta de Freguesia e a Câmara, por influência dum pedido expresso veiculado dos sócios e simpatizantes do clube através duma faixa colocada junto ao “monumento” do CCT, reagiram e disseram publicamente que querem avançar para aquela solução, aludindo que seria por deslocalização, a actual direcção do clube recebeu a notícia com estupefacção, embora certamente que não a tolhe de medo.

Só que estas coisas de política são o que são, e, como a Junta bem como a Câmara não vão à bola ao Montinho, a direcção continua sem saber nada da Boa Nova, e, se calhar a desacreditar.

Eu defendo que, à semelhança dos 2 clubes minhotos da nossa era, o SCB da cidade de Braga e o VSC da cidade de Guimarães, nós o CCT da vila de Caldas das Taipas devemos manter o nosso Estádio do Montinho, que ficará com mais espaços, para os jogos da nossa equipa sénior, passando todos os demais escalões para o novo Parque Desportivo a construir o quanto antes, ou seja deslocalizarmos apenas o campo nº 2, como o inutilizado e pequeníssimo nº 3.

Carlos Marques, sócio do CCT há 52 anos e assíduo no Montinho, onde por um acaso nasceu.

[ndr] artigo publicado originalmente na edição de dezembro do Reflexo.