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A nossa GNR

Carlos Marques
Opinião \ terça-feira, dezembro 26, 2017
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Uma breve história acerca da instalação de sub-posto e posto da GNR, que desde muito cedo, a par doutros organismos, o Estado nos contemplou com tão importante força da ordem pública.

Uma breve história acerca da instalação de sub-posto e posto da Guarda Nacional Republicana, que desde muito cedo, a par doutros organismos, o Estado nos contemplou com tão importante força da ordem pública, tal era como é, a grandeza da nossa povoação, que é Caldas das Taipas, que referente à nossa GNR abrange o território e os residentes das freguesias de Balazar, Barco, Briteiros (Santo Estêvão), Briteiros (São Salvador), Briteiros (Santa Leocádia), Caldelas, Donim, Figueiredo, Leitões, Longos, Oleiros, Prazins (Santa Eufémio), Prazins (Santo Tirso), Sande (São Clemente), Sande (São Lourenço), Sande (São Mar--tinho), Sande (Vila Nova), Souto (Santa Maria) e Souto (São Salvador).

22-10-1919 Informação do Comandante do Batalhão n.º 12, da Guarda Nacional Republicana, com sede em Braga, enviando uma cópia do ofício dirigido ao Chefe do Estado-Maior da Guarda Nacional Republicana a propósito da criação do sub-posto nas Caldas das Taipas. O Vice-Presidente da Comissão Administrativa da Câmara, o grande taipense, Dr. Alfredo Fernandes
Que fora quem fez o requerimento para a instalação da Guarda, agradece e indica para a sua instalação uma casa sita na Avenida da República, de que é proprietário o Barão de Valado.

06-04-1920 Bernardino Jordão corta a luz às Caldas das Taipas, pedindo alterações ao contrato que tem com a Câmara. O povo de Caldas das Taipas revolta-se e corre com os vereadores municipais quando estes vêem às Taipas na tentativa de dar explicações. Os tumultos são participados à Guarda Nacional Republicana. A Câmara vendo o repúdio do povo, emite um manifesto distribuindo 1000 panfletos nas Caldas das Taipas.

04-04-1928 Pelas 19 horas a povoação de Caldas das Taipas é alarmada por uma fortíssima detonação que aterrorizou e deixou em cuidados as pessoas que a ouviram. No momento do ruído, uma densa nuvem de fumo se elevou ao ar, para os lados do cemitério. O estampido foi uma violenta explosão de fogo de artifício que se deu na oficina de pirotecnia do ex-soldado da Guarda Nacional Republicana, de apelido Fernandes, que exerce a sua indústria em um barracão próximo ao cemitério paroquial de Caldelas. Um foguete de experiência cai sobre o barracão incendiou todo o material existente dentro do mesmo, que na sua forte explosão reduziu tudo a estilhaços. Nos prédios vizinhos partiram-se vidros e sentiu-se um forte abalo.

09-09-1928 Pelas Caldas das Taipas, continuam a dar-se nesta linda povoação scenas vergonhosas, sem haver ninguém que providencie. É um nunca acabar de vergonhas. Na pretérita Segunda-feira durante a noite, foram partidas todas as lâmpadas e reflectores da luz eléctrica desde o centro da povoação até Sande. Todas as noites se ouvem barulhos, scenas pouco edificantes, palavras obscenas, sem haver uma autoridade que ponha côbro a isto. A Junta pede urgentes medidas e a colocação de um pôsto de Guarda Nacional Republicana.

06-10-1928 São demolidas as comportas do açude de Além, com muitos operários, por ordem do Chefe da Repartição Hidráulica da Póvoa de Varzim e com as forças da Guarda Nacional Republicana. A represa prejudica os moleiros e os cutileiros que ficam a jusante do rio, e, prejudica o balneário velho que lhe fica a montante.

21-11-1928 A Comissão Administrativa da freguesia de São Tomé de Caldelas, acompanha o pedido do Intendente Geral com vista à colocação dum posto permanente de Guarda Republicana na povoação Termal das Taipas.

05-12-1928 A Câmara resolve perfilhar o pedido da Comissão Administrativa da Junta de Freguesia de São Thomé de Caldelas, requerendo a instalação dum posto permanente da Guarda
Nacional Republicana, na povoação de Caldas das Taipas. A Câmara considera atendíveis os fundamentos expostos e decide assumir o encargo de fornecimento de casa e mobiliário, quando criado o referido posto que é da máxima justiça e de interesse à ordem pública.

19-06-1929 O Senhor Presidente da Câmara dá conhecimento que, nas freguesias rurais a Guarda Nacional Republicana não tem casa ou aposentos para pernoitar, e, que seria de grande conveniência pública consegui-los. Por isso propôs que lhe fosse dada autorização para alugar prédios ou dependências destes nas freguesias de Oleiros, Caldelas, Santa Leocádia de Briteiros, Santa Maria de Souto e Arosa para o fim referido.

30-06-1934 O Presidente da Junta de Freguesia, diz que as patrulhas da Guarda Nacional Republicana não pernoitam na povoação por falta de alojamento, e que falou com o Vereador Municipal, tendo combinado alugar-se o 1.º andar (apenas a parte da frente) da casa do Sr. Luís Gonzaga Vieira Guimarães, pela quantia de 300$00, ficando ali a sede da Junta de Freguesia e uma dependência para a Guarda Nacional Republicana.

09-10-1935 Às sete e meia da tarde na povoação de Caldas das Taipas, há uma grande sublevação do povo, chegando-se a tocar os sinos a rebate, arrombam a portada da Igreja, partem os vidros da porta e das janelas da residência paroquial, injuriam, arremessam com terra, lama e pedras o novo padre, e pretendem invadir a Pensão Villas, logo após a entrada daquele senhor. Tudo porque o Arcebispo, nomeia reitor para São Tomé de Caldelas, o Padre António José da Silva Gonçalves, foi aqui recebido, por alguns paroquianos, que resolveram deitar foguêtes, e chamavam em alta voz, que se fosse o novo parocho embora, pois queriam o Reitor Domingos José Antunes Machado que já ali estava e por quem já tinham feito um abaixo assinado, que levaram até junto do Arcebispo, posto que tivessem sido atendidos, dizem em tão justa petição. Há alguns sapatos e tiros disparados para o ar, pelos adeptos do novo reitor. São finalmente, requisitadas algumas praças do Posto da Guarda Nacional, que chegados ao local dispersam os manifestantes, que protestaram a dizerem que jamais pagarão os direitos do novo reitor.

16-02-1939 A Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas resolve oficiar ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Guimarães que, reconhecendo a grande necessidade que há para a Câmara Municipal de possuir nesta povoação uma casa para a instalação do Posto de Ensino, pernoita da Guarda Nacional Republicana, para guarda de utensílios de materiais do Município, quartel da Legião Portuguesa e no qual também podia ser instalada a sede da Junta de Turismo, ainda que por esta fosse paga uma renda a combinar, vem lembrar à Câmara a compra do prédio onde em tempo esteve o Grande Hotel de Caldas das Taipas, situado na Avenida da República, da povoação de Caldas das Taipas.

17-11-1939 É expropriado a pedido da Junta de Freguesia, a António Augusto Pinto da Cunha e esposa, um prédio de 3 andares e respectivo quintal na Avenida da República, com os números de porta 139 e 140 para a instalação de Escolas e Quartel da Guarda Nacional Republicana, pelo valor de 25.000$00.

20-03-1940 Ofício do Excelentíssimo Presidente da Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas, a enviar propostas de diversos mestres-de-obras, apresentadas para as reparações de que necessita o edifício Municipal de Caldas das Taipas, destinado à Casa dos Pobres, Guarda Nacional Republicana e Legião Portuguesa, e pedindo a imediata resolução destas obras.

07-03-1946 A Junta de Turismo pede ao General Comandante da Guarda Nacional Republicana, a instalação dum novo posto na vila, por ser absolutamente necessário sob o ponto de vista turístico, e da região ser essencialmente agrícola e industrial.

27-03-1946 Um ofício da Junta de Turismo da Estância Termal das Taipas, acompanhado por outro da Junta de Freguesia de Caldelas pedindo para que, pela Câmara seja solicitado a sua Excelência o Sr. General Comandante Geral da Guarda Nacional Republicana, a criação definitiva do posto da Guarda Nacional Republicana na vila de Caldas das Taipas, visto ser absolutamente necessário o policiamento daquela Estância, sob o ponto de vista turístico, e da região ser essencialmente agrícola e industrial, para o que já possui casa própria, solicitando mais ainda que seja vistoriada a referida casa, a fim de se adaptar ou melhorar o mais rapidamente possível.

23-02-1947 Inauguração do Posto da Guarda Nacional Republicana, na Avenida da República. Estiveram presentes: o Comandante do Batalhão do Porto, Coronel Falcão Ferreira; o Comandante de Braga, Capitão Rogério Castro; o Comandante Secção Guimarães, Tenente Moreira Santos; o Vice-Presidente da Câmara, Augusto Ferreira da Cunha; o Comandante do Batalhão 13 da Legião Portuguesa, José Mendes Ribeiro Júnior; o Comandante do Núcleo da Legião Portuguesa e Vereador de Caldas das Taipas, José Francisco Rosas Guimarães; representantes da Junta de Turismo e de Freguesia, Comandante da Polícia de Guimarães, o Tenente Peres; Comandante dos Bombeiros de Caldas das Taipas, professores, outras pessoas de representação, e muito povo.

21-12-1950 Requerimento da Guarda Nacional Republicana do posto de Caldas das Taipas, a enviar um recibo da quantia de 40$00, apresentado por Manuel Ribeiro, pelo transporte de um indigente ao hospital, por se encontrar caído na via pública, no dia 20 do mês findo.

12-03-1958 Ofício do Comandante de Posto de Caldas das Taipas da Guarda Nacional Republicana, pedindo que se efectuem obras de beneficiação daquele Quartel, especialmente a reparação dos soalhos e caiação.

13-02-1962 Ofício do Comandante do Posto de Caldas das Taipas da Guarda Nacional Republicana, solicitando que seja reparado o soalho da secretaria daquele posto em virtude de se encontrar em mau estado.