Coelho Lima teve “experiência enriquecedora” nas eleições dos EUA
Esta organização, a primeira acreditada para pronunciar-se sobre a legalidade eleitoral, é composta por deputados de todos os parlamentos europeus, sendo que Portugal tem uma delegação composta por cinco deputados eleitos no parlamento. Enquanto vice-presidente desta delegação e representante de uma das duas maiores forças partidárias portuguesas, André Coelho Lima esteve uma semana nos EUA a acompanhar o ato eleitoral juntamente com o também deputado Luís Graça.
“Nos dias anteriores ao da eleição estivemos todos os dias em briefings com representantes do sistema postal norte-americano, na medida em que havia muitos votos por correio, como se sabe, fizemos briefings com jornalistas, com o jornalista que liderou a investigação da alegada intervenção da Rússia nos votos pela internet na última eleição; ou seja, gente muitíssimo bem colocada quer no patamar político quer no patamar dos média norte-americanos, que nos estiveram a falar sobre o sistema norte-americano, as suas dificuldades. No fundo, estivemos a aprender um sistema eleitoral que é muito complexo, naquilo que representa a observação nas próprias eleições. No dia das eleições estivemos todo o dia nas mesas de voto em dois estados, Washington DC e Maryland. Todos os outros investigadores internacionais estiveram espalhados pelo país”, conta André Coelho Lima ao Reflexo.
Acrescentando que “a OSCE foi a primeira instituição ou entidade internacional acreditada para pronunciar-se sobre a legalidade eleitoral, até pelas suspeições que estavam a ser levantadas pelo presidente em funções”, o vimaranense explica em que consistiu o seu contributo neste processo no próprio dia do ato eleitoral. “Estivemos todo o dia, até ao encerramento, a visitar mesas de voto, a fazer observação eleitoral in-loco. Em todos os sítios falámos com os representantes das mesas de voto; no fundo interpelámos os eleitores, para perceber se estava a demorar muito tempo. Temos um formulário pré-preenchido do que temos de esclarecer”, aponta.
Coelho Lima considera que esta foi uma oportunidade única que dispôs para acompanhar de perto um acontecimento com repercussões à escala planetária. “É uma experiência bastante enriquecedora, ter oportunidade de estar no próprio local num momento histórico para o mundo, ainda para mais a certificar-me da regularidade das eleições, já sabíamos antecipadamente que era isso que ia ser alegado, poder testemunha aquilo que se discutia no mundo inteiro é, de facto, uma oportunidade única. Estou ciente da responsabilidade que tive”, refere em declarações ao Reflexo.