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Taipas Merece

Nelson Felgueiras
Opinião \ quarta-feira, fevereiro 15, 2017
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Este é o momento de criarmos um novo paradigma de mobilidade valorizando os transportes coletivos e a utilização da bicicleta, aproveitando ainda para potenciar as nossas associações e o nosso comércio.

Será apresentado no próximo dia 3 de fevereiro, pela Câmara Municipal de Guimarães, o Projeto para Centro Cívico das Taipas. Trata-se de um momento importante para a Vila que, com a apresentação deste projeto, vê dado um passo sólido no cumprimento de um objetivo antigo e fundamental para os Taipenses.

E este é um momento importante para todos sem exceção porque este é um projeto de todos. Domingos Bragança como é, e bem, seu apanágio, chamou todos promovendo uma ampla discussão em volta do anteprojeto para o centro da vila.

As Taipas disse presente com alguns partidos a promoverem o debate e a sociedade civil a contribuir com propostas e ideias. A apresentação do Projeto é o próximo passo, mas não deve ser o último. O Centro Cívico é para os taipenses e estes devem continuar a ser ouvidos.

Sei das preocupações dos comerciantes e dos moradores para que a questão do estacionamento seja considerada. Sei também das preocupações para que a matriz histórica e identitária do centro da Vila seja salvaguardada, mas estou também convencido que esta é a oportunidade para definitivamente projetarmos a nossa Vila no futuro, garantindo a sua contemporaneidade através da atenção a temáticas como a pedonalidade ou a sensibilidade ecológica.

Considero ainda, que este é o momento de criarmos um novo paradigma de mobilidade valorizando os transportes coletivos e a utilização da bicicleta, aproveitando ainda para potenciar as nossas associações e o nosso comércio.

Mas a apresentação deste Projeto e a envolvência que foi criada à sua volta permite-nos tirar algumas conclusões.

Desde logo que a Câmara Municipal de Guimarães olha para a Vila das Taipas como um elemento absolutamente estratégico para o concelho, provando à saciedade que aqueles que defendem a segregação e a hostilidade estão errados.

Prova também que é através do diálogo e da união de esforços que conseguimos fazer a Vila progredir, evidenciando que aqueles que sempre “atiraram pedras” nunca tiveram razão.

Mas prova sobretudo que a nossa voz é sempre mais forte quando juntamos a nossa vontade à vontade dos outros. E as Taipas merece!

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Publicado no jornal Reflexo #248, de Fevereiro de 2017