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O que queremos para as taipas?

Nelson Felgueiras
Opinião \ sábado, junho 17, 2017
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Uma Vila com a dimensão, história e importância das Taipas tem de ter uma visão para o seu futuro. Uma visão partilhada e participada pelas pessoas, assente em causas comuns que nos motivem e mobilizem.

Todos nós gostamos da nossa terra. Não duvido disso e considero que todos nós, de uma forma ou de outra, damos o nosso melhor para a servir.

Sabemos também do seu enorme potencial. Do parque, do rio, dos jardins, das termas, da sua localização, do seu comércio, das suas associações e coletividades, das suas escolas, da sua orgulhosa história e das suas apaixonadas pessoas.

Mas tem faltado alguma coisa, muitas coisas se calhar… O quê?

Já aqui tive oportunidade de expressar aquela que é a minha opinião sobre o que é a política e a forma como deve ser praticada. A política da ideologia e das causas, a política das ideias e para as pessoas.

E desenganem-se aqueles que acham que sem política se transforma a sociedade. Ou que a política é para os políticos.

Não, a política está em todo lado: nas pequenas questões do buraco da rua ou do poste de luz à porta de casa até às questões estruturantes como a construção da nova escola ou da requalificação do centro cívico. A política está desde o momento que acordamos até aquele que vamos dormir.

E sim, todos somos políticos. Quando participamos em associações, quando fazemos voluntariado, quando pertencemos a um partido político, e mesmo quando damos a nossa opinião sobre qualquer assunto à mesa do café com os nossos amigos estamos a fazer política.

Mas é aqui que eu acho que temos falhado.

Uma Vila com a dimensão, história e importância das Taipas tem de ter uma visão para o seu futuro. Uma visão partilhada e participada pelas pessoas, assente em causas comuns que nos motivem e mobilizem.

Quais têm sido as causas que os nossos representantes políticos nos têm oferecido nos últimos anos? Hostilização a Guimarães? Perseguição àqueles que, filhos da terra, têm feito obra pelas taipas? Cultura do ataque pessoal, da vitimização e da divisão? E quais são os resultados desta forma de fazer política nos últimos 12 anos?

Há um candidato à Junta de Freguesia que está a fazer o caminho oposto, o caminho correto.

Está a ir ao encontro e a chamar a si e as associações, os empresários, os cidadãos para os ouvir, para construir em conjunto um projeto para as Taipas.

Porque só desta forma faz sentido. Quando as nossas ideias não são só nossas mas sobretudo da comunidade a que pertencemos e que queremos representar.

Aqui reside a verdadeira legitimidade democrática, onde todos contam e todos participam.

Pela positiva, com a voz e as ideias de todos. Independentemente da origem, da família política ou de onde esteve no passado. Todos estão a ser chamados, pelas Taipas.

É assim que deve ser. É assim que se faz a política das causas.

É assim que se transforma a sociedade, a nossa Vila, porque todos somos Taipas.