Questões que têm de ter resposta
O tempo não quebrou com as eleições; a realidade não mudou; os problemas continuam e o potencial de problemas futuros não se apagou.
Há questões que surdamente não obtêm resposta por parte da Junta e da Câmara a que não podemos fugir: como é que vai ser o trânsito na vila das Taipas, quer durante as obras que se desenvolvem no sentido do centro da vila, quer após a finalização das obras, intermináveis, em curso.
Pelo que sabemos, não existe qualquer projecto, plano, estudo ou sequer alternativa para o caos anunciado do que será a concentração de veículos que obrigatoriamente circularão na variante das Taipas.
E se as variantes do Covid assustam pela sua potencial perigosidade, a variante das Taipas vai reter – molestar - os “taipenses” e os “quase taipenses” que gravitam a localidade.
Mas, ainda assim, no tocante à desgraça dos taipenses e quase taipenses que se agoniam em esperas para circular algumas centenas de metros têm a quem reclamar: à Junta, à Câmara. Agora, aqueles de outros concelhos que aqui têm de passar deverão mover a imaginação para contornar a vila e evitá-la sem direito a reclamação formal.
Evitar passar às Taipas e evitar as Taipas é o sentimento de quem passa três vezes pela Vila.
Estamos a construir uma imagem da Vila de que não é aconselhável passar por ela e vir visitá-la; são essas as consequências de um planeamento que não existe e da ausência de soluções alternativas.
O problema e a denúncia não é de agora e já tem barbas; justifica-se a insistência para não se viver um mal toda a vida.
Toda a gente reconhece que a concentração de escolas no centro da vila e em zona limítrofe com a estrada nacional – variante urbana - haveria de, mais tarde ou mais cedo, bloquear o trânsito e por reflexo a vila. Não era efeito que não se esperasse com o mau planeamento da vila.
A vila está mal planeada. Por essa razão, existe a emergência de soluções alternativas para a resolver.
É necessário, desde já, pensar em criar uma nova variante que seja alternativa à existente e que seja projectada para resolver, no presente e futuro, os problemas de congestionamento de transito na vila; transito esse que vai, seguramente, que vai piorar.
[ndr] artigo originalmente publicado na edição de dezembro do Jornal Reflexo.