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O PS corta árvores

Manuel Ribeiro
Opinião \ sexta-feira, maio 28, 2021
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Por decisão da Câmara Municipal de Guimarães, o projecto do centro da vila esteve em apreciação pública no bar “Avô João”, evitando a sua consulta e apreciação no edifício da junta de freguesia.

Aquela decisão, de 2017, ou pretendia hostilizar a junta de freguesia ou evitar que os cidadãos apreciassem o projecto todo Esta decisão, apoiada pelo Dr. Luis Soares, presidente da junta actual, à data, opositor à Junta de Freguesia, demonstra bem a baixa consideração e a baixa importância que o projecto assumiu para a Câmara e para os seus correligionários taipenses.

Se as acções, em política, qualificassem as pessoas que as praticam, a Câmara Municipal e os seus partidários da freguesia seriam posicionados numa divisão muito baixa pela expressa desconsideração pelos órgãos locais legitimamente eleitos e pelo povo que confiou neles as suas pretensões. Ações que revelam um cinismo político que a vivência democrática não deveria consentir.

Aprovado o projecto pela sua autora – Câmara Municipal – começou a sua execução; começou o corte de árvores, podres e sãs. As pessoas das Taipas não concordam e protestam; querem reversões; querem alterações.

A Junta de Freguesia e Câmara defendem o projecto; defendem o corte de árvores – quase 200; e continua a saga destruidora.

O PSD/CDS, em sessão da Assembleia de Freguesia, manifestou a sua OPOSIÇÃO a um projecto que, publicamente, foi afirmado como eliminador das árvores em mau estado de conservação e se veio a revelar um projecto arrasador de todo o tipo de árvores.

O PS, maioritário na Assembleia de Freguesia, apoia o corte indiscriminado de árvores; apoia o alcatrão nos passeios; apoia os bares no antigo mercado. Isto é, apoia tudo o que é prejudicial às Taipas e não quer fazer quaisquer correcções ao projecto, não pelo seu mérito, mas para não darem razão à oposição.

A casmurrice política é um dos males que mais afecta a vida das localidades e que levam a erros que demoram gerações a emendar.

Mas, como o dinheiro é do povo e nada lhes custa a eles, Partido Socialista, empurram p´rá frente com a barriga.

[ndr] Artigo originalmente publicado na edição de maio do Reflexo.