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O encontro de Pevidém

Cândido Capela Dias
Opinião \ sábado, abril 15, 2017
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A marca Juntos por Guimarães tenta, desde as eleições autárquicas de 2013, impor-se aos olhos dos eleitores vimaranenses. Compreende-se o esforço.

Qualquer estratégia de marketing bem estruturada tem de garantir uma presença constante, regular e permanente no espaço visual do universo daqueles a quem se destina, entrando no subconsciente colectivo.

A marca Juntos por Guimarães tenta, desde as eleições autárquicas de 2013, impor-se aos olhos dos eleitores vimaranenses. Compreende-se o esforço.

O que não se compreende é que nesse seu esforço compreensível conte com a cooperação de jornalistas e órgãos da comunicação social que a si próprios se definem como isentos, imparciais, não vinculados a qualquer partido ou formação política.

A dita coligação não tem existência legal, uma vez que se trata de uma aliança de vários partidos que se juntaram exclusivamente para concorrerem à eleições de 2013, esgotando-se de seguida.

Coisa diferente acontece com a CDU, que sendo também uma coligação, está devidamente registada como permanente, no caso das autarquias, mas pontual no caso das legislativas. E é também porque assim é que, na assembleia municipal de Guimarães, não há a bancada da Juntos por Guimarães , mas sim bancadas de cada um dos partidos que a formam. E também é por assim ser que a JpG foi obrigada recentemente a registar-se como coligação para o acto deste ano e se ela o fez é porque não existia antes.

Já dissemos isto mesmo a vários jornalistas, sem sucesso. Eles continuam a impor, consciente ou inconscientemente, uma marca fazendo o frete à marca.

Uma marca curiosa. No sábado, 18, a CDU reuniu em Pevidem para debater linhas de orientação. No fim, eu e outros activistas fomos ao CAR, a Guimarães, participar na inauguração de uma exposição de pintura para que fôramos convidados. Cruzamo-nos com a representação da JpG, igualmente convidada, Saudamo-nos. Democraticamente trocamos breves palavras.

O Torcato Ribeiro, a Mariana Silva e eu, representávamos as principais sensibilidades da CDU, Verdes e PCP, já a delegação do JpG resume-se ao PSD, ou melhor ao André. O CDS foi engolido, ninguém o sente ou vê.

A JpG é uma coligação de um só, do PSD com o PSD e existe como coligação-veículo da candidatura de André à Câmara Municipal de Guimarães. Que pensarão disto os militantes do CDS? Quantas voltas já terá dado Joaquim Cosme?