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Finalmente a ACIT em marcha

Redação
Opinião \ sexta-feira, março 16, 2007
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São no mínimo deselegantes, todas as adjectivações e juízos de valor proferidos sobre a criação desta associação, antes mesmo de conhecer a constituição dos seus órgãos sociais.

A Associação Comercial e Industrial das Taipas (ACIT) foi anunciada, criada e instituída, com a eleição dos corpos sociais, envolto de um ruído político-partidário e acusações pessoais entre, e não só, pessoas com responsabilidades institucionais.

Este tipo de organismo é (deve ser) fruto de um impulso colectivo dos empresários, industriais e lojistas de uma determinada região, mas isto não impede que uma instituição como a junta de freguesia, enquanto órgão executivo possa tomar diligências no sentido de criar esse impulso. Eu diria mesmo, que é um dever da mesma, fazer bulir o que está adormecido e agitar as mentes, em prol de uma freguesia, e neste caso vila, activa com todos os seus intervenientes envolvidos.

Tenho para mim, que as pessoas aceitaram dirigir uma ACIT na defesa de interesses comuns dos seus associados e neste caso com repercussões para os próprios dirigentes, visto que estão em representação de empresas que laboram na área de acção da própria ACIT. Seria um exercício de desinteligência, que levaria ao descrédito esta associação, qualquer acção contrária a este princípio.

Aqui reside uma questão de personalidade e ética, quero com isto dizer, que quem entrou neste barco tem de saber que, o mar por vezes é turvo mas cabe ao seu comandante definir as coordenadas e assumir as responsabilidades por opções objectivamente erradas, não cedendo a pressões e até repreendendo os prevaricadores.

Objectivamente, as pessoas que compõem o órgão executivo da ACIT, nomeadamente o seu presidente, não revelam participação activa na vida política e partidária da vila e concelho. Neste ponto, parece-me no mínimo deselegante, todas as adjectivações e juízos de valor proferidos sobre a criação desta associação, antes mesmo de conhecer a constituição dos seus órgãos sociais.

Isto só se explica, inexplicavelmente: pela tentativa de desde logo condicionar a acção desta associação; inserir questões político-partidárias nesta matéria; ou, o que é inaceitável, utilizar esta iniciativa para a peixeirada política que temos vindo a assistir entre a câmara municipal de Guimarães e a junta de freguesia de Caldelas, personalizada nos seus presidentes.

Acho exagerado e despropositado que a propósito da criação da ACIT se fale em divisionistas, separatistas, criação de concelho. Alias, isto é bem sintomático da nossa sociedade, condenar antes mesmo do julgamento, criticar o que ainda não foi feito.

É legitimo discordar da criação da ACIT, já não me parece correcto rotular as pessoas sem que elas demonstrem as suas intenções. Ou será que agora, sempre que se crie alguma coisa nas Taipas, o objectivo é dividir, separar ou criar um concelho, parece que alguém vive assustado com este estigma.

Será que alguém tem dúvidas que uma ACIT responsável e activa faz todo o sentido quando o AvePark começa a dar os primeiros passos? Será que alguém tem dúvidas que uma ACIT empenhada e bem sucedida torna mais forte uma vila do concelho de Guimarães? E será que uma vila forte e com massa critica não torna este concelho mais rico e pujante? Isto põe em causa a lógica dominante?

Facto, são os cerca de 250 associados já inscritos (até ao passado dia 24 de Fevereiro) e mais factos para apreciação serão as iniciativas levadas a cabo pela ACIT e seus resultados práticos no desenvolvimento do comércio e indústria da vila. Tudo o resto são fait-divers.