Cunhas
Taipas tem sido palco de uma intensa e rasca luta entre franjas afectas ao PSD e ao PS locais em torno de questões laterais, luta essa que mais não visa senão desviar as atenções do essencial – que projecto concreto tem cada um daqueles partidos para o desenvolvimento da freguesia?
A diversão mais recente anda nas redes sociais e consiste num fluxograma com que o PSD pretende demonstrar a quantidade de cunhas partidárias e familiares, ou vice-versa, que integram os quadros da Turitermas pela mão do PS.
Não conhecendo eu as pessoas em causa e que involuntariamente estão a ser objecto de devassa pública que não merecem, não me pronuncio sobre o acerto ou desacerto da acusação, embora não me custe admitir a hipótese de nepotismo, se mais não for por uma questão académica a exigir investigação séria, cuidada, respeitadora das pessoas envolvidas.
O ridículo da situação resulta do facto de o PSD se apresentar em público como aquelas mulheres de virtude… cheias de casos.
Mesmo sem ir mais longe, a Lisboa, o PSD julga que as pessoas das Taipas e de Guimarães já se esqueceram da súbita ocupação de um cargo numa determinada instituição nacional ligada à juventude, por parte de uma jovem recém-licenciada sem experiência profissional conhecida, apenas explicável por essa menina ser irmã de um conhecido taipense, influente na estrutura social-democrata local e concelhia, de que aliás fazia parte?
A indignação dos pais e familiares de jovens desempregados ou à procura de emprego, que são assim ultrapassados pelos militantes das juventudes do PS e do PSD, é justa e tem sentido. O que não tem sentido é a acusação recíproca daqueles referidos partidos e bando de apoiantes acéfalos, que ocupam as redes sociais reescrevendo a história.
Também por isto é urgente e imperioso impedir que este uso indevido do aparelho de Estado em benefício próprio e não da colectividade seja interrompido. Isso é possível julgando e condenando uns e outros em 1 de Outubro.