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As festas que nem todos querem

Manuel Ribeiro
Opinião \ segunda-feira, julho 17, 2017
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ão há dúvida de que as Festas da Vila são um motivo forte, e assim tem sido, para que as Taipas seja uma referência no concelho em termos de atração e que as ruas das Taipas se encham de milhares e milhares de pessoas durante vários dias.

As festas da vila das Taipas, em honra de S. Pedro, são consideradas pela Câmara Municipal de Guimarães, festas de interesse concelhio. E para “honrar” esse estatuto, a Câmara Municipal de Guimarães concede um subsidio anual de €6.800,00. É dinheiro que só paga os arruados e nem chega para os palcos. Adiante…

A questão, muito discutida e sempre presente, é o de saber qual o melhor formato das Festas da Vila de Caldas das Taipas.

A Junta de Freguesia adotou um modelo que quis consolidar que passa por ter festas para todos os públicos e gostos: Bandas de Música; Ranchos Folclóricos; artistas taipenses com expressão apreciável e artistas com dimensão nacional. Foi assim com a presença de José Cid, Marco Paulo, Quim Barreiros, Paulo Gonzo, Maria Lisboa e João Pedro Pais. Recentemente e com a notável contribuição da Comissão de Festas foram introduzidas as rusgas.

Na parte religiosa, existe e existiu a preocupação de a procissão de S. Pedro ser o reflexo da grandiosidade das festas e da vila.

Falar em crescimento da vila e desenvolvimento é potenciar condições para que os residentes e os de fora, quer sejam de freguesias limítrofes ou mais afastadas, afluam à vila.

Não há dúvida de que as Festas da Vila são um motivo forte, e assim tem sido, para que as Taipas seja uma referência no concelho em termos de atração e que as ruas das Taipas se encham de milhares e milhares de pessoas durante vários dias.

Existe melhor publicidade do que essa de os visitantes percorrerem a pé a vila; instalarem-se nas dezenas de esplanadas; fruírem o verde; olharem para as lojas e, as mais das vezes, de uma forma inconsciente aperceberem-se dos produtos e serviços à venda?

O espanto, para quem vem de fora depois de percorrer todos os cantos do país, é explicarem-lhe que somos mais uma vila do concelho de Guimarães; mais uma de muitas….

E depois, para encerrar, o fogo! Com música ou sem música! Com luzes ou sem luzes!

O fogo é uma marca distintiva dos arraiais minhotos. A Junta percebeu isso e deu-lhe corpo contra o PS e CDU que querem eliminá-lo.

O fogo de artificio das Festas de S. Pedro é uma teimosia brilhante, espectacular, arrebatadora, desenhando no céu uma estrela que não se apagará tão cedo na memoria dos Taipenses.

Mas sempre grandioso como a birra saudável do Presidente da Junta em mantê-lo.

O fogo é uma marca distintiva dos arraiais minhotos.