Abaixo os semáforos no centro da vila
Escrevi em Dezembro de 2006 que um dos meus desejos para as Taipas em 2007 era que os semáforos avariassem. Não por que desejaria que a Câmara de Guimarães entrasse em despesas com o arranjo dos semáforos. Queria mesmo é que os deixasse intermitentes para que os automobilistas sentissem a sua presença e não a sua intervenção. Seria esta forma de actuação que se exigiria das forças de segurança: os cidadãos teriam que sentir a sua presença e a sua intervenção seria limitada à necessidade princípio da presença máxima e intervenção mínima.
Recordo que a exigência dos semáforos no centro da vila aconteceu numa data em que a circular das Taipas ainda não existia, o que obrigava o trânsito a afluir e a fluir pelo centro; a feira realizava-se no centro; o trânsito em direcção a Famalicão passava pelo centro. Hoje, aqueles condicionalismos não se verificam.
Nos dias que correm, há outras preocupações. A poluição e economia são as que se encontram na ordem do dia. O preço do petróleo raia os 100 dólares;
Existe um marca de automóveis que já tem em circulação um modelo equipado com um dispositivo automático que desliga, de imediato, o veículo, quando tem que parar, ligando-se quando tem que reiniciar a circulação: esse dispositivo tem duas finalidades: poupar combustível e reduzir as emissões de CO2.
Dizem as notícias que existe um movimento na Alemanha conducente à eliminação dos semáforos por razões de segurança, no pressuposto que a existência dos semáforos desresponsabiliza os condutores.
Durante nove meses, de Janeiro a Setembro de 2007, não houve Taipense que fosse, que reivindicasse a necessidade dos semáforos em funcionamento.
Não há volume de trânsito que o justifique. Nem mesmo no temível mês de Agosto se sentiu congestionamento para que os semáforos ordenassem o trânsito. A autoregulação tem chegado para as necessidades e nem a invocação do argumento da segurança pode merecer acolhimento pois nenhum acontecimento o exigiu.
Os semáforos a funcionar no centro da vila, na actual realidade, criam grande volume de trânsito artificialmente existem mais paragens do que circulação, o que provoca aglomeração. Geram mais poluição o tempo de paragem, em qualquer dos lados, é de cerca de um minuto. Fazem perder tempo às pessoas. Afastam as pessoas de se deslocarem ao centro da vila com prejuízo para o comércio existente.
Por todas as razões expostas, repudio o argumento de que se os semáforos existem têm de funcionar. Têm de funcionar se forem necessários funcionar. Quando constituem um estorvo, uma intromissão injustificada na vida dos cidadãos: eliminem-se!