A um ano da mudança necessária
A um ano das próximas eleições autárquicas é obrigatório questionar se os 36 anos seguidos de governação socialista foram bons para as Taipas e para o concelho de Guimarães.
A resposta à questão anterior passa por uma avaliação objectiva a 36 anos de mandato do partido socialista
A avaliação objectiva que pode ser empírica, e aqui passa pela sensação que os munícipes têm do seu concelho; e a avaliação documental que leva em conta a evolução dos indicadores sócio económicos em comparação com os concelhos vizinhos que revelam afinidades evidentes de território, população, industria, comércio e agricultura.
Quanto à avaliação empírica ninguém tem dúvidas que o concelho parou no seu centro histórico e que para além daquele espaço, o concelho é uma manta de retalhos muito mal conseguida, sem planeamento urbano coerente, sem arquitectura decente, sem ordenação industrial, sem vias de comunicação capazes e modernas, em suma, sem pensamento de futuro.
O concelho é uma realização casuística desligada e de muito mau gosto que só vende o centro histórico pois o resto do território, é mesmo um resto no sentido deprimente da palavra.
Não é só o concelho, as Taipas estão incluídas nesse mau gosto que só as obras particulares bem conseguidas, nos prédios recuperados, dão alguma qualidade ao centro da vila.
Para além de um planeamento urbano, rústico e florestal sem qualquer coerência e estratégia e, por isso, desprezível, temos a qualidade da obra pública realizada sem qualquer exigência de qualidade e, mesmo assim, os milhões anuais dos nossos impostos estão lá enterrados em materiais e obras de terceira qualidade, pagos como se fossem de primeira.
Qualidade da obra pública é uma exigência que os munícipes nunca deveriam e deverão abdicar.
Numa visão mais elaborada, temos uma rede viária concelhia que não sofreu qualquer alteração de monta em 40 anos. O concelho está bloqueado em todos as direcções: norte, Sul e Oeste. Só a variante para Fafe é que responde a mínimos da necessidade sentida. Os outros grandes eixos viários, são estradas asfaltadas construídas no inicio do século XX.
A Câmara de Guimarães, governada há 36 anos seguidos pelo PS, este sublinhado importa, nada fez de relevante para alterar o estado caótico dessas ligações viárias.
Passando aos indicadores sócio económicos, dizem os dados oficiais que Guimarães perdeu em população para Braga e Famalicão; perdeu e está atrás desses concelhos em rendimento no sector secundário e terciário; perdeu na industria transformadora e nas exportações. São dados oficiais.
O cerne da questão é que Guimarães, há 20 anos, estava à frente daqueles concelhos.
O que se passou para Guimarães se atrasar e ser ultrapassado: governação retrógrada, centralista, populista e sem estratégia económica no sector da habitação, das construções para indústria e uma política deficiente de mobilidade.
O atraso que começa a ficar endémico tem um responsável colectivo: a governação do Partido Socialista de Guimarães por tempo de duas gerações.
É tempo de dizer, nas urnas, morra a governação socialista.