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A Gaveta das Promessas

Redação
Opinião \ segunda-feira, janeiro 07, 2008
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Importa é procurar saber se é possível economizar nas diversas despesas de funcionamento, porque quanto menos nelas se gastar mais sobra para acções duradouras, mais fica para a concretização de sonhos e de promessas eleitorais.

A Junta de Freguesia entregou aos membros da assembleia os documentos discutidos e votados na última sessão deste ano, na noite de 28 de Dezembro. Bom seria que os leitores do Reflexo os consultassem para perceberem o que podem esperar da equipa que governa as Taipas durante o ano de 2008. Foi o que eu fiz.

No próximo ano a Junta vai dispor de 374.036,08 euros, provenientes de receitas correntes e de receitas de capital, que vai gastar em pessoal (60.301,08), em aquisições de bens e serviços (123.865,00), com escolas EB1 (50.000,00), com instituições sem fins lucrativos (17.750,00), com as Festas de S. Pedro (30.000,00), com obras (100.000,00) e o restante em miudezas.

Ou seja, repartindo o bolo pelos objectivos principais, temos que para funcionar a Junta gasta 49,2% do que recebe; gasta 18,2% em apoio a instituições da vila; e em obras vai gastar 27,1% do total recebido. Numa análise rápida, duas evidências: o peso da despesa de funcionamento, que come praticamente metade do orçamento, e simetricamente o pouco peso do investimento.

Daqui se pode partir para uma conclusão o que se gasta em funcionamento, falta para obras.

E sendo assim, o que mais importa é procurar saber se é possível economizar nas diversas despesas de funcionamento, porque quanto menos nelas se gastar mais sobra para acções duradouras, mais fica para a concretização de sonhos e de promessas eleitorais.
Tendo em consideração o facto de sob a designação de despesa corrente estarem gastos fixos e gastos variáveis, isto é gastos que a Junta tem de suportar e outros que ou dependem das suas opções políticas ou da sua actividade, o importante será conhecer uns e outros para ver onde se pode poupar.
Há quem se agarre às Festas e nelas concentre a sua atenção e a sua crítica. Pessoalmente também acho que a Junta deve atribuir um subsídio, mas nunca as financie por completo e não faça a gestão das mesmas, por vários motivos.
Há mais gastos supérfluos ou mal explicados além das Festas. Como, por exemplo, os relacionados com estudos e projectos e trabalhos especializados e publicidade. Seja por imperativo de transparência, seja por imperativo ético, a Junta deve explicações aos seus representados. Pela parte que nos toca, pedi-las-emos. Estas e outras, recusando cenas de falsa oposição.