A arte de enganar e iludir - políticos profissionais
Em pleno Século XXI, quase 230 anos depois da Revolução Francesa, ainda há quem cultive as ideologias como se fossem flores preferidas num jardim de vaidade. É a fossilização da consciência. Há gente que cultiva fósseis.
Agora que Cuba vai abolir a palavra COMUNISMO (e conceito), passa a haver propriedade privada, da sua constituição; o PS, cá do jardim à beira mar plantado, já eliminou dos seus estatutos a palavra Marxismo; está em vias de eliminar a palavra Socialismo substituindo-a pela expressão Social Democracia, como enchem a boca alguns dirigentes socialistas.
Por isso, estranha-se que, consciências muito preocupadas com o chamado serviço público, se indignem quando alguém queira romper com categorias empedernidas e proponha que empresas públicas que não prossigam actividades de manifesto interesse público deveriam ser extintas ou vendidas.
O que faz a Taipas Turitermas?: mais de 90% da sua facturação tem origem na Fisioterapia - comparticipada pelo estado; na Clinica Médica – consultas médicas - e nas piscinas de Verão.
Ainda por cima, a Taipas Turitermas não faz serviço público, isto é, não faz discriminação positiva, com preços moderados ou até gratuitos, para os contribuintes de mais baixos rendimentos.
Dessas actividades, na Vila de Caldas das Taipas, existem algumas delas que os privados não ofereçam com qualidade e preço equivalente? A resposta é não. Nenhuma dessas actividades é deficitária nas Taipas. Logo, uma empresa de capitais públicos – 95% - não tem de existir se não direccionar esse investimento para fazer serviço público: coisa que a marca “Taipas Termal” não faz.
Então porque é que aquele serviço, não público, não pode passar para os privados? porque já é privativo do Partido Socialista. A empresa é do PS. É o PS que contrata, despede, admite, desde o funcionário menos qualificado ao especialista mais renomado: é o PS e só o PS, com o seu “Conselho Cientifico” identificado na Direção que decide quem é competente para trabalhar para a Cooperativa.
Se passasse para os privados, os contribuintes deixariam de lá meter dinheiro e o privado pagaria pela exploração: duas vantagens em simultâneo que os Socialistas querem ignorar.
É que a Taipas Turitermas, em 2017, perdeu € 288.877,58 em ano de facturação record; e já apresenta perdas totais de € 920.309,73, isto é, quase um milhão de euros. Agora, a Câmara vai injectar, todos os anos, € 400.000,00 para florir as contas da cooperativa sob o manto de um contrato programa com fundamentos inventados.
Os ideólogos do PS têm razão: é impossível privatizar o que já é do PS, sustentando as suas ambições politicas com dinheiros públicos.