Primeiro Torneio D. Camilo foi um lugar de relações. Objetivo é repeti-lo
Finda a competição no Estádio do Montinho, as equipas de veteranos de Sp. Braga, a vencedora da primeira edição do Torneio D. Camilo, do CC Taipas, finalista vencido, do Vitória SC, terceiro classificado, e do Benfica, quarto e último, reuniram-se no polidesportivo do parque de lazer de Caldas das Taipas, ao anoitecer, para a “terceira parte”: a do jantar, a das conversas informais, a da entrega de prémios.
Em representação da equipa de veteranos do CC Taipas e da comissão do centenário do emblema verde e branco, Manuel Ribeiro lembrou precisamente Camilo Batista Ribeiro, ex-atleta e ex-dirigente do CC Taipas, para vincar que qualquer jogo de futebol de veteranos é, em primeiro lugar, um cultivo de relações.
“Quando marcávamos um jogo de veteranos, o senhor Camilo sempre nos disse para haver a terceira parte. Era o convívio, o estabelecimento de relações de amizade, de conhecimento. Queremos estabelecer relações de bem, principalmente com aqueles que nos visitam”, realçou, após a entrega das taças às quatro equipas e ainda da Taça Fair Play, entregue ao Benfica, apesar da “correção demonstrada pelas quatro equipas”.
Ciente de que a equipa de veteranos do CC Taipas se deve muito ao malogrado dirigente, Manuel Ribeiro vincou ainda, em declarações ao Reflexo, que “o torneio correu muito bem em termos de organização, de competição, para além do comportamento das equipas”. “Foi um encontro do futebol na sua pureza, que tem um bocadinho de competição, mas sobretudo uma grande porção de amizade”, completou.
Satisfeito pelo facto de o CC Taipas não ter sido “inferior a nenhuma das equipas” que defrontou – derrotou o Benfica em penáltis e perdeu com o Sp. Braga em penáltis, na final -, o responsável agradeceu a amabilidade das três equipas presentes em acederem a um convite que não foi arbitrário – juntou Vitória e Benfica, dois clubes com os quais Camilo Batista Ribeiro simpatizava, e ainda o Sp. Braga, na condição de centenário da Associação de Futebol de Braga, à imagem do Vitória e do Taipas, que para lá caminha.
Perante o que se viu na tarde e noite de sábado, Manuel Ribeiro crê fazer sentido prolongar o torneio. “A ideia é que este torneio se prolongue para perpetuar a memória e o nome do senhor Camilo, uma pessoa excecional no que toca ao CC Taipas e aos veteranos”, referiu.
Ao lado, outro dos intérpretes do CC Taipas, Xavier, também pensa “repetir” um torneio que, na primeira edição, “excedeu as expetativas”, ao ser “muito bem disputado”, com “equipas equilibradas”.
