Regresso das aulas presenciais “foi um sucesso” na Escola Secundária das Taipas
Tal como aqui foi descrito, o primeiro dia de aulas foi como regressar a um mundo novo na mesma escola de sempre. Apesar de todas as novas medidas a adaptação dos alunos foi positiva.
“As coisas correram muito bem, os alunos conseguiram assimilar em pleno as regras que foram dadas. Divulgámos previamente toda a informação, explicámos as regras de funcionamento por email e em reunião, o que penso que foi um bom contributo. Vieram para a escola sabendo com clarividência o que ia acontecer e preparados, aderindo às alterações tranquilamente sem preocupações. O dia foi de sucesso, conseguimos operacionalizar de forma muito consistente o plano que tínhamos de segurança. Fui passando pelas turmas e o sentimento é que estão cá tranquilos para aprender. Vamos tentar proporcionar todos os dias esta tranquilidade; estou convencido que estão cá porque têm essa necessidade, de estar com professores, com as turmas, mesmo com as regras de distanciamento”, aponta o responsável máximo pela Secundária das Taipas.
Este regresso das aulas presenciais obrigou a uma grande logística por parte de toda a comunidade escolar. “Exigiu muito trabalho, um trabalho de logística que foi partilhado por todos. Toda a gente aderiu facilmente a isto, tivemos desde o início, na primeira etapa, uma enorme logística com a questão dos horários e depois fomos adaptando às necessidades, quer planos de contingência quer planos de segurança e higienização. Quando se monta uma coisa deste género claro que implica recursos materiais e dedicação de toda a gente, há uma dedicação enorme de toda a gente, professores, assistentes técnicos operacionais, foram de uma dedicação impecável, trabalharam depois da hora e fins-de-semana”, reconhece.
De resto, Celso Lima assegura que são residuais os casos de alunos que não se encontram a frequentar as aulas. “Fizemos um levantamento por turmas, as ausências que tivemos foram residuais e já as perspetivávamos. Durante a semana fomos pedindo aos diretores de turma para monitorizar três situações: quais eram os alunos que efetivamente retomariam as atividades presenciais; os alunos que não retomariam por opção do encarregado de educação; e os alunos que estariam, comprovadamente, impossibilitados porque eram de risco. Face aos dados que tínhamos não registámos grandes diferenças, o número de ausências foi residual. Haverá um caso ou outro em cada turma”, atira.
Em todo o caso, a Escola Secundária das Taipas está já a trabalhar numa forma de proporcionar aos alunos, especialmente aos alunos de risco que não puderam retomar as aulas, “todas as compensações possíveis”.
Transportes geraram polémica mas “os alunos chegaram à escola”
Em dia de reunião de câmara, o regresso das aulas presenciais na Escola Secundária das Taipas acabou por gerar polémica e discussão entre o executivo. O PSD acusou o município de não ter capacidade de resposta para proporcionar transporte aos alunos do estabelecimento taipense, citando um mail da escola. A autarquia recusou as acusações e Celso Lima garante haver alinhamento entre as entidades envolvidas para servir convenientemente os alunos.
“Tivemos o cuidado logo que completámos os horários, na terça-feira da semana passada, de enviar a informação para a Câmara Municipal de Guimarães. Na quarta-feira fomos acompanhando, na sexta-feira voltamos a questionar e a ideia que nos tinha passado era que teríamos aqui os transportes assegurados de acordo com os horários dos alunos. Há escolas que concluíram o seu trabalho na quinta e na sexta-feira, o que criou dificuldades depois em rede na distribuição de transportes. A nossa preocupação era assegurar transporte aos alunos, que nos perguntaram como iria ser. Disse sempre para aguardarem porque iríamos ter melhor informação do município, mas o que aconteceu, em bom rigor, foi que contactámos o município e o delegado regional, e tivemos indicação na sexta-feira por parte da Câmara Municipal de Guimarães que os transportes teriam de ser os transportes essenciais, porque de momento ainda não estava tudo apurado. O que pedimos foi que os pais assegurassem o transporte, inclusivamente através dos serviços essenciais ou de transportes individuais. Não houve problemas, os alunos chegaram cá à escola, o que estamos a fazer agora é reportar à Câmara Municipal os casos de alunos que se tiveram de socorrer da família para vir para a escola e dos alunos que tiveram de usar o transporte essencial mas tiveram de estar aqui à espera para ingressar nas aulas. Sabemos que este é um trabalho difícil e complexo, sabemos que sim, e queremos que haja o diálogo que sempre houve com a Câmara porque isto foi um trabalho difícil de gerir. Estamos alinhados para servir bem os alunos”, explicou Celso Lima.