“Quem gosta do Taipas tem de se disponibilizar para ajudar”
Filipe Magalhães é o quarto treinador da temporada do CC Taipas. Numa época atípica, em que os caçadores dividem o último lugar com o Serzedelo com apenas seis pontos somados em dezassete jornadas, a manutenção no escalão maior do futebol distrital afigura-se cada vez mais como uma tarefa extremamente complicada. Depois de Diogo Leite, Hugo Ramos e Francisco Costa, segue-se um homem que se considera da casa, tendo inclusivamente feito a formação enquanto atleta nas camadas jovens do CC Taipas.
O seu passado é, por isso, um dos fatores que levou Filipe Magalhães – até agora adjunto de Francisco Costa – a assumir o comando técnico da equipa, tendo já estado no banco nos desafios com o Joane e com o Vieira, que ditou o afastamento da Taça AF Braga. “O que me levou a aceitar este repto foi o facto de a direção me propor este desafio. O clube infelizmente não está a passar pela melhor fase e quem já esteve no Taipas, sabendo a mística que existe, sabe que tem de ajudar nos maus momentos”, refere Filipe Magalhães em declarações ao Reflexo.
É com este sentimento que o treinador de 38 anos olha para este desafio, como uma missão de ser “mais um a ajudar” numa fase que admite ser complicada. “Nos bons momentos não faltam pessoas para ajudar e treinadores para vir treinar o clube. Nestes momentos quem é taipense, quem sente o Taipas, tem de se disponibilizar e ajudar ao máximo as pessoas que estão a fazer de tudo para ajudar o Taipas a siar desta situação. Eu sou mais um para ajudar, se vamos conseguir ou não só o futuro é que pode dizer”, complementa.
Cinco jogos para pontuar e alimentar a esperança
Pela frente Filipe Magalhães tem uma tarefa hercúlea. A equipa vem numa série de cinco derrotas consecutivas, em que em alguns momentos até tem dado resposta, mas tem falhado nos pormenores. Pontuar é a palavra de ordem, para que seja possível continuar a alimentar a esperança na permanência no Campeonato Pró Nacional. Restam cinco jogos na primeira fase, sendo que depois segue-se uma liguilha – emparelhando-se clubes de ambas as séries – em que cada emblema começa com metade dos pontos.
“Sabemos das dificuldades que temos para o futuro, já nestes cinco jogos. Temos de pontuar. O grupo tem vindo a trabalhar muito para reverter esta situação, mas é duro perder como temos perdido alguns jogos, como foi em Joane e como foi na eliminação da Taça AF Braga. Fazer o que fizemos ao Vieira não está ao alcance de qualquer equipa, mas no momento de decidir, no último terço do, ainda não tivemos a capacidade de marcar. Quando se falha um penálti não podemos argumentar muito mais”, aceita.
Sentindo a equipa “a crescer”, Filipe Magalhães analisa que “tem faltado o golo” para que este ciclo se possa inverter. “Quando o golo aparecer acredito as vitórias vão surgir”. A missão para os próximos jogos é, então, “pontuar o máximo possível”. “Uma vitória colocar-nos-á mais perto e com uma esperança forte em conseguir atingir os objetivos”, acredita.
[ndr] Artigo originalmente publicado na edição de fevereiro do Jornal Reflexo.