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O debate sobre a despenalização do aborto serve para desviar a atenção

Redação
Sociedade \ terça-feira, outubro 31, 2006
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Para a JSD vimaranense, o debate sobre o aborto faz parte de uma estratégia de gestão mediática, com o objectivo de desviar a atenção sobre as reformas em curso.

O núcleo de Guimarães da Juventude Social-Democrata reprova que o debate sobre a despenalização do aborto, por parte do Governo de José Sócrates, seja feito numa altura de outros debates e reformas mais importantes para o país.

Na opinião da JSD de Guimarães esta será uma estratégia de mediatismo governativo que está a ser tomada pelo Governo socialista.

A JSD de Guimarães diz interessar mais ao país que se debatam os crescentes episódios de conflitualidade social; o processo da Lei das Finanças Locais - um violento golpe no normal funcionamento do Poder Autárquico; e o Orçamento de Estado para o ano de 2007.

A Juventude Social-Democrata considera o debate sobre o aborto uma questão secundária, tendo em conta a importância das reformas em curso. No entanto, reiteram a posição que haviam tomado no anterior referendo, remetendo a decisão para a consciência individual, tendo em conta a formação pessoal e a estruturação da pirâmide de valores de cada cidadão.

Texto: Paulo Dumas

COMENTÁRIOS A ESTA NOTÍCIA
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Vamos lá ver se a gente entende os jovens do PSD! O referendo é uma invenção do PSD/Marcelo Rebelo de Sousa e foi inventado para criar dificuldades ao PS/Guterres e para adiar a decisão da Assembleia da República sobre a Interrupção Voluntária da Gravidez, entretanto votada e aprovada. Mais recentemente, o PSD juntou o seu voto ao dos deputados do PS e do BE, a favor do mesmo referendo que a sua organização juvenil reprova? Haja coerência! Porque a questão não é de oportunidade, como alega a JSD, mas sim de mais uma vez tentar que a IVG fique para as calendas gregas, enquanto mulheres são julgadas e condenadas, com alguns fariseus a procurar atribuir aos juízes o incumprimento das leis ou a sua interpretação conveniente, só porque certos políticos não querem exercer o seu dever - o de alterar a lei na Assembleia da República.
Cândido Capela Dias 2006-10-31 13:08h

Bom! A questão da IVG é acima de tudo uma questão de consciência pessoal... Entendo que cada cidadão deve ir entregar o seu voto, por ser um cidadão e não por ter uma preferência partidária... Obviamente que o PCP tem uma posição pública conhecida, porem a JSD não o tem e pela minha parte apenas farei campanha informativa e apelarei a participação!
O Referendo é uma das formas de democracia directa, regulada directamente pelo artigo 115º da nossa Constituição e é, em minha opinião, inadmissível que a participação nos dois referendos anteriores tenha sido tão baixa...
Em relação a IVG apenas tenho a dizer que há pontos que importa diferenciar, ela não é um método contraceptivo, terá que existir uma ampla informação sobre as consequências pós-aborto. Obviamente, que quando tudo falha a solução pode ser essa mas teremos acima de tudo de informar mais e melhor de todos os métodos contraceptivos.
Entendo que o debate não deve ser centrado na questão moral, isto é, deve-se em minha opinião, atender a questão prática, e se em abstracto as pessoas podem ser contra na prática, o aborto pratica-se em Portugal, com mais ou menos condições, já não é preciso ir a Espanha, entendo que deve pesar também na decisão o cortar com interesses corporativistas daqueles que o fazem a troco de dinheiro...
Por tudo isto e enquanto cidadão apelo que se pense, no momento de decidir e se me acontece-se a mim? O que eu faria???
A questão política é para ser posta de lado isto é uma questão social e de bem estar social!!
Acima de tudo isto é que é importante!!!
Saudações taipenses!!!
Carlos Silvério 2006-11-02 16:08h

Na assembleia da Republica estão a maioria dos "ABORTOS" deste país. Não é preciso referendo, só para entreter o Zé povinho, antes era o futebol, novelas e agora temos este assunto. O Zé povinho anda de olhos fechados e não se lembra daquilo que este governo faz, e continuará a fazer, por trás das nossas costas. Estes que lá estão nem são esquerda nem direita, sim chuxalistas...
António Luis 2006-11-02 18:45h