Hugo Ramos: “Vai haver uma reestruturação interna no CC Taipas”
Esta terça-feira inicia-se uma nova era no CC Taipas, com Hugo Ramos a assumir o comando técnico numa fase em que a equipa taipense está no último lugar da tabela classificativa depois de não somar qualquer ponto nas seis jornadas já disputadas. O treinador substitui Diogo Leite, apontando o histórico do emblema taipense como um dos motivos que o levaram a abraçar este projeto.
“O que me levou a aceitar o convite do Taipas é muito simples. Apesar da realidade classificativa, o Taipas está com imensas dificuldades em começar a somar pontos, o que me levou a vir para o Taipas foi a dimensão e a história do clube, a possibilidade de fazer um trabalho quase de base, porque a estrutura diretiva também entrou neste momento no clube e isso foi extremamente importante para mim depois de reunir com as pessoas”, começou por dizer o treinador ao Reflexo.
Outra razão prende-se com o facto de o modelo competitivo deste ano, com as equipas a começar com metade dos pontos na fase seguinte, dar margem para o CC Taipas ter perspetivas de alcançar os seus objetivos.
“Apesar de a tabela classificativa demonstrar que existe algum problema – possivelmente mais do que um, mas vamos tentar encontrar o mais rapidamente possível o grande problema do Taipas neste momento – os moldes do campeonato este ano originam a que a proximidade depois numa fase de play-off seja maior”, aponta, dizendo, no entanto, que o foco não pode estar só nessa fase. “Não podemos pensar só nisso, temos de começar rapidamente a somar pontos, mas mais importante do que isso, na verdade temos de identificar o grande problema do Taipas neste momento em termos de equipa, de trabalho, de modelo, de metodologia, em termos de ideia. Temos que perceber rapidamente o que está a originar isto”, explica.
“Questão mental é extremamente importante”
Sem tempo a perder, até porque o CC Taipas joga no próximo domingo em Santa Eulália, Hugo Ramos não tem dúvidas que “a questão mental é extremamente importante”, sendo que a assimilação das novas ideias será um processo contínuo.
“O trabalho vai ter que ser baseado essencialmente em dois aspetos. Primeiro a questão mental, vamos iniciar um processo novo, é verdade que isso pode ser positivo, vamos ver como é que os jogadores lidam com isto, mas a questão mental é extremamente importante. Esse trabalho está já bem definido da nossa parte. Depois há o aspeto da ideia, a forma como nos vamos organizar, a forma como pretendo jogar e a ideia que tenho para o Taipas. Ir ao encontro da ideia com os jogadores e também dos jogadores com a ideia; isso é importante o mais rapidamente possível implementar o que tiver que ser, e os jogadores entenderem o que pretendemos”, sustenta.
Em relação ao futuro, questionado pelo Reflexo se no seu entender será necessário promover alterações no plantel, Hugo Ramos diz que tem de haver primeiramente uma reestruturação interna do clube e do seu funcionamento, e só depois se pensará em eventuais entradas ou saídas.
“A reestruturação vai ter sempre que existir, agora essa reestruturação definitiva ainda não a identificámos na totalidade. Quando pensamos em reestruturação pensamos muito que vai entrar e sair gente, não sei se isso vai acontecer, o que sei e penso é que vai existir uma reestruturação interna: não tem a ver com saídas nem com entradas, vai ter a ver com a organização que pretendemos e da ideia que pretendemos em função da matéria-prima que temos para trabalhar. Essa reestruturação interna vai ter que existir, isso já foi identificada. Temos de ver se vai passar só por aí ou por alterações drásticas em relação à constituição do plantel”, terminou o treinador.