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Está encerrado o processo de liquidação da sociedade que geria o Avepark

Catarina Castro Abreu
Freguesias \ quinta-feira, dezembro 29, 2016
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É colocado um ponto final num conturbado processo de extinção da sociedade que deteve o Avepark, passando o centro tecnológico para o município vimaranense.

Oposição critica falta de visão estratégica, mas câmara mantém esperança no seu potencial.

A Assembleia Municipal extraordinária que decorreu esta quarta-feira, 28, colocou um ponto final à liquidação da sociedade AVEPARK – Parque de Ciência e Tecnologia, SA, que geria aquela infra-estrutura na freguesia de Barco. A demora do processo de dissolução e liquidação, e internalização na Câmara Municipal de Guimarães da atividade da sociedade, em cerca de dois anos e meio, mereceu as críticas da oposição.

Para César Teixeira, da Coligação Juntos por Guimarães (PSD, CDS e MpT), “a responsabilidade [da demora do processo de liquidação] tem que ser assacada ao município e aos liquidatários, como resulta de pareceres internos do próprio processo de liquidação em que recomendam que promovam uma maior coordenação entre todas as entidades envolvidas”.

Já o deputado municipal Vieira e Brito (CDS) afirmou que “os diferentes accionistas desanimaram de um projeto que devia ser estruturante para Guimarães”. “Existe um Avepark criado pela Câmara com algumas empresas de bandeira mas que está longe do que é um parque de ciência e tecnologia”, criticando ainda aquilo que considera ser “a falta de diagnóstico do Avepark”: “não se sabe o número de empresas criadas, número de pessoas empregadas, geração de receita”.

Ricardo Costa, vereador do Desenvolvimento Económico e responsável pelo processo, culpou a Lei 50/2012 (que limitou a gestão financeira dos municípios) dos problemas no atraso do processo, “que não cuidou de muitos aspectos como o impacto fiscal que teria o fecho de empresas públicas”. “A Câmara fez muito bem em enviar o projeto de dissolução para o Tribunal de Contas porque é o órgão máximo que se pode pronunciar sobre este processo”, disse, respondendo às críticas de César Teixeira.

Resumiu dizendo que se tratou de um “processo negocial prudente, com alguma intranquilidade com os bancos, porque o município não podia aceitar as condições que o Avepark tinha na altura”, com uma “internalização muito complexa”. A elogiar o processo esteve Américo Freitas, do PS, ex-presidente da Junta de Freguesia de Barco, que evidenciou a “grande procura de terrenos com aptidão para a instalação industrial na envolvência do Avepark, sinal de que o conhecimento pode atrair a produção”.