“Degrau a degrau”, Bruno Castro quer “chegar cada vez mais lá acima”
Bruno Castro rendeu Miguel Ferreira no comando técnico do CC Taipas no final de novembro. Segundo treinador da época, não teve uma estreia auspiciosa, ao perder em casa com o Amigos de Urgeses. Mas a equipa recompôs-se e já leva seis jogos consecutivos sem perder, contabilizado as duas eliminatórias da Taça da Associação de Futebol de Braga e quatro jornadas do campeonato. Resultados que aproximaram o emblema do javali dos dois primeiros lugares, de acesso à fase de subida ao Pró Nacional.
“O espírito no balneário tem sido bom. Temos um plantel jovem com irreverência e qualidade, o que ajuda”, refere Bruno Castro ao Reflexo. “Seria contranatura rejeitar o convite de um clube histórico como o Taipas”, acredita, mesmo a meio da temporada e em época de Divisão de Honra, com menos investimento do que o habitual. Reconhece ainda ter em mãos “um grande desafio pela grandeza do clube”: “O CC Taipas é um dos clubes mais emblemáticos da nossa associação”.
No arranque da segunda volta do campeonato, os taipenses venceram em São Torcato, casa do segundo classificado, e relançaram-se na luta pelos primeiros lugares. O CC Taipas quer “entrar em todos jogos para ganhar”, sem traçar metas a longo prazo. “Os nossos objetivos passam por sermos melhores todas as semanas, melhorar a cada treino e chegar ao domingo para ganhar e disputar o jogo. Não conseguimos passar de quarto para primeiro. Por isso tem de ser devagar, degrau a degrau, para tentar chegar cada vez mais lá acima. Sentimos que temos capacidade e qualidade para disputar o resultado em qualquer campo contra qualquer adversário”, sublinha.
“Temos de nos conhecer em competição”
O balanço de Bruno Castro aos primeiros dois meses como técnico do CC Taipas é, assim, positivo, até pela adaptação ao grupo de trabalho. “Numa análise aos últimos jogos, as coisas têm sido muito positivas. A mensagem tem passado, tenho-me adaptado ao clube e ao plantel. Eu é que cheguei a meio e não eles”, sustenta, lembrando, ainda assim, que é sempre mais complicado entrar num projeto a meio.
“Qualidade existe no plantel, e não nos falta nada em termos de condições de trabalho. É sempre mais fácil, teoricamente, entrar de início e programar as coisas à nossa imagem, e não foi possível. Temos de nos conhecer em competição, foi chegar, competir e resultados; competir e resultados”, atira. Bruno Castro finaliza dizendo que é importante manter o foco no trabalho e nos processos da equipa. Afinal, no Taipas, “a cobrança existe sempre”. “Há sempre muita gente a ver os jogos, independentemente do momento”, constata.
